Abismo de Rosas expressa toda a beleza da melancolia brasileira. Sinto-a como um cair da tarde depois de um dia de explosão de lux, um crepúsculo eterno, o lusco-fusco que antecede a boca da noite, e... Parece-me como o som, as notas musicais que anunciam a noite escura, o céu salpicado de estrelas. "Abismo de Rosas" refelte a força e a delicadeza da alma brasileira.
No começo do século passado, quem vivia atrás de um violão era considerado como alguém entregue ao ócio, dado à vagabundagem. Talvez só "Branca" de Zequinha de Abreu me emociona tanto. Sem o violão do Canhoto, o piano de Ernesto Nazareth, a música brasileira não alcançaria o patamar de uma das mais belas do mundo.
Violão de Rafael Baptista Rabello (Petrópolis-RJ, 1962 - 1995),
violonista e compositor brasileiro ligado, em especial, ao chorinho.
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