Ligo o computador e ponho água pra esquentar. Daí para o café, penso em como expressar o que acabara de sentir. O incidente do gotejão... A sensação de receber a primeira gota dentre um milhão delas... os sentimentos que se seguiram...
Ao me sentar para digitar, ouvi um trovão distante. Foi o primeiro a se ouvir por todo o inverno. Anunciava a primavera. Dizia-me dos botões velados, da proximidade da primavera, como um prólogo antecedendo a obra. A chuva no telhado... o ruído das rodas dos automóveis espalhando a água do asfalto... tudo potencializava o sentimento que eu me preparava para expressar.
A natureza... o belo é sempre um fenômeno, um estado de movimento contínuo, permanente. Penso no Criador e a geração da vida, inclusive a da nossa existência. Uma decorrência da sua Bondade infinita, incomensurável para nós.
Enfim, naquele gotejão estava a oração de Francisco de Assis, ou São Francisco de Assis, e isto é tudo:
ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO ASSIS
SENHOR, fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver ódio...................... que eu leve o amor.
Onde houver ofensa................... que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia............... que eu leve a união.
Onde houver dúvida................... que eu leve a fé.
Onde houver erro....................... que eu leve a verdade.
Onde houver desespero.............. que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza.................. que eu leve a alegria.
Onde houver trevas.................... que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado,
compreender, que ser compreendido,
Porque é dando que se recebe,
e perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se ressuscita
para a vida eterna. Amém.