Quando - em algo celestial - o belo sobrepuja uma dor incalculável
"Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente.
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente,
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente,
Em anseios d’alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a Sua riqueza…
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela! "
Para esta música, Bidu Sayão (1902-1999)
é a referência de todas as sopranos .
Toscanini, seu admirador, referia-se a ela como
la piccola brasiliana.
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