segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Oh Terra Querida
São várias as ruas da minha vida
tudo ocorria na primeira delas
demais por demais sentida
eterno domingo, camélias
(...)
reformulei-me tanto neste ir e vir...
sempre ao gosto de uva, morango e figo
hoje não há rua nenhuma, só o meu sentir
que vai por todas elas e se encontram comigo
quero as crianças nas calçadas, e com elas brandir:
que ninguém se feche para uma outra mão
que a janela esteja sempre aberta
para chegar a tempo de ver o avião.
A mesma novidade redescoberta
(...)
o sentir é seu, alcança o céu
nada esconde o transparente véu
é bonito, baila com o vento
vá a favor da vida, correndo
a aurora dos teus dias ocorre agora
venha saudá-la sem demora
são tuas as cores do horizonte
venha beber, eis a fonte
venha correndo andar bem de mansinho
aprendendo a voar como o passarinho
sentindo o verde, a terra linda, o seu jardim
vá pelas cores da sua vida ao olor de jasmim.
Cantemos, o ontem foi tão antigo...
o amanhã, presente do admiravelmente hoje
você, de brotos ou já prá semente, venha de chofre
para o novo em passos firmes, descortinados e com amigos
Jairo Ramos Toffanetto
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