sexta-feira, 17 de maio de 2013

William Blake - A Mosca


William Blake










A MOSCA

Pequena Mosca,
Teus jogos de estio
Minha irrefletida
Mão os destruiu.

Pois como tu,
Mosca não sou eu?
E não és tu
Homem como eu?

Eu canto e danço e
Bebo, até que vem
Mão cega arrancar-me
As asas também.

Se é o pensamento
Vida, sopro forte,
E a ausência do
Pensamento morte,

Então eu sou
Uma mosca travessa,
Mesmo que viva
Ou que pereça.

(Tradução
José Paulo Paes)

2 comentários:

Unknown disse...

Poesia filosófica magnífica, obra de um grande pensador do século XIX, e um dos maiores artistas de todos os tempos.

Jairo Ramos Toffanetto disse...

Perfeito, Fabiano.
Grato, por comentar.
Jairo