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O sapo é belo não apenas para a sapinha
Só o belo vê o belo,
e o vê com a linguagem do sentir isento do juízo (crítico) de gosto estético, afinal, o pensamento pode confundir-se com imagens sobrepostas, pré-concebidas. O belo sempre representará, necessariamente, um desafio para os nossos sentidos, pois ele é novo, sempre novo ao nosso sentir. Passa ao largo de nossas sempre velhas verdades pessoais. O belo é desejado. São ideias puras para novas criações. É a alquimia do novo inteiramente novo. Sintonia com o Bem-Eterno que está em tudo. No belo nos encontramos com a Bondade Maior e com ela buscamos mantermo-nos ligados.
Sem amar (sentir), o belo não se apresenta diante dos nossos olhos. Quem vê compreende. Quem compreende ama. Só o amor tem o poder de transformar sapo em príncipe, e toda sapa pode tornar-se princesa. Quem ama, ama-se. Quem ama entende-se melhor. Quem se entende melhor vai ao encontro do outro e lhe presta ajuda verdadeira no ponto de sua necessidade e, quase sempre, sem que o outro perceba.
Na linguagem do belo o feio não existe. Feio é a vaidade, o preconceito, a arrogância, a prepotência, enfim, a monstruosidade egóica do homem desalmado. O egoísta tem a visão distorcida pela unilateralidade de suas verdades pessoais destituídas de princípios eternos, como a humildade, p.ex.. Quem é fechado para o Belo está doente. Precisa procurar ajuda.
Jairo Ramos Toffanetto
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