O arquétipo da Justiça na Praça do Três Poderes em Brasília-DF |
quarta-feira, 29 de abril de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
segunda-feira, 27 de abril de 2015
"Das "Cebolas e Formigas" Poema de Yuri "Ulrych" N. Toffanetto
Cebola e Formiga,
Fazem bem pras vista
Fazem bem pras vista
Agora enxergá-la
Antes de comê-la
Pros olho é Conquista!
(Yuri Ulrych)
Joseph Haydn / Symphony No. 45 in F-sharp minor "Farewell" (Mackerras)
Symphony No. 45 in F-sharp minor "Farewell", Hob. I:45 (1772)
Performed by Charles Mackerras and the Orchestra of St. Luke's (Telarc: 1989).
https://www.youtube.com/watch?v=KXctarOxRz8
domingo, 26 de abril de 2015
O Eterno Alvorecer
FotoJRToffanetto
O reconhecimento - a consciência - decanta as experiências levando-nos a um novo sentir em ampliação. O belo está sempre em movimento, e despedindo-se da gente mas, sutilmente, consubstanciando-nos de tudo o que vale a pena para a alma. As crepusculares que se apagam acendem-nos por dentro, e a vida mais uma vez alvorece. (JRT)
O reconhecimento - a consciência - decanta as experiências levando-nos a um novo sentir em ampliação. O belo está sempre em movimento, e despedindo-se da gente mas, sutilmente, consubstanciando-nos de tudo o que vale a pena para a alma. As crepusculares que se apagam acendem-nos por dentro, e a vida mais uma vez alvorece. (JRT)
O “coió”, o meu avô e o burro
Tela de Fancisco Rebolo |
O “coió”, o meu avô e o burro
Em uma roda de falazes, alguém ridicularizava a gente do interior do estado imitando o seu modo cantado no dizer das coisas. Num dado momento, um deles disse ver em suas andanças um dito “coió” rolando um sabugo de milho na parte interior do pé. Ao perguntar para o caboclo porque ele pisava daquele jeito sobre o sabugo, disse ele que era para tirar a dor nas costas, e todos riram da (pseudo) ignorância do “caipira”. Mas... olha se não há semelhança com o DO-IN praticado no Japão! Em roda de beócios (leia-se) coiós) eu não entro.
Meu pai conta a história de que certa vez trouxeram um burro
para o meu avô curar. Pois ele conversou baixinho junto à orelha dele, e os que
o acompanhava disseram que devia ser uma
reza poderosa. Depois segurou sobre o "cobreiro" do animal um pano embebido com certo chá de ervas ainda
morno. Assim feito, pediu ao dono que largasse o animal na mata cerrada e fosse
procurá-lo sete dias depois. O burro foi
encontrado sem o mal que o acometia. Acredito eu que por primeiro ele se reintegrou
à natureza e, depois, buscou a própria cura, mascou algumas folhas que só ele
sabe reconhecer . Estou dizendo de uma medicina ayurvédica dos animais? Sim,
estou.
Como é que meu avô, filho de italianos – o seu pai era
professor -, poderia saber tanto dos animais?
Creio que ele fez como o burro. Integrado à lavoura, à natureza, e
buscando soluções para os problemas comuns que enfrentava chegou a um
conhecimento incomum. Pois é, ele o burro sabiam das coisas.
Nas pessoas, nos animais, nos barrancos e terrenos baldios
da cidade existem coisas a desafiar nossa pretensa sabedoria e outras que nem
sonha nossa imaginação. É preciso aprender com o burro.
JRToffanetto
CHEIRO DE RELVA***DINO FRANCO E MOURAI
Quadro de Francisco Rebolo (1902-1980) |
Para a postagem a seguir, fui até ao meu consultor musical Fernando José Colin que por diversas vezes, ele e também seu pai Lauro Colin, socorreram-me em situações semelhantes para este meu blogue.
Depois de ler a minha crônica "O coió, o meu avô e o burro" ele foi logo declamando a letra do pagode
sertanejo “Cheiro de Relva” que abaixo a compartilho com a letra.
À parte disto, Cheiro de Relva, além da encantadora beleza, remeteu-me à simplicidade e pureza sentida na infância e quando este gênero musical era muito presente no rádio, e por ser um clássico da música sertaneja de raiz, e que eu até então não conhecia, optei por abrir um “post” só para a dupla “Dino Franco e Mourai”.
Enfim, deixo para que cada amigo deste meu “Poemas-de-Sol”
sinta o porque desta escolha do meu amigo Fernando. (JRT)
https://www.youtube.com/watch?v=1RR-BEzP1LY
Cheiro de Relva
Composição de Paranapanema e Ibirarema
Como é bonito estender-se no
verão
As cortinas do sertão na varanda das manhãs
Deixar entrar pedaços de madrugada
E sobre a colcha azulada
Dorme calma a lua irmã
Cheiro de relva
Traz do campo a brisa mansa
Que nos faz sentir criança
A embalar milhões de ninhos
A relva esconde as florzinhas orvalhadas
Quase sempre abandonadas
Nas encostas dos caminhos
A juriti madrugadeira da floresta
Com seu canto abre a festa
Revoando toda a selva
O rio manso caudaloso se agita
Parecendo achar bonita
A terra cheia de relva
O sol vermelho se esquenta e aparece
O vergel todo agradece
Pelos ninhos que abrigou
Botões de ouro se desprendem dos seus galhos
São as gotas de orvalho
De uma noite que passou
Link: http://www.vagalume.com.br/dino-franco-mourai/cheiro-de-relva.html#ixzz3YOcZs9rH
As cortinas do sertão na varanda das manhãs
Deixar entrar pedaços de madrugada
E sobre a colcha azulada
Dorme calma a lua irmã
Cheiro de relva
Traz do campo a brisa mansa
Que nos faz sentir criança
A embalar milhões de ninhos
A relva esconde as florzinhas orvalhadas
Quase sempre abandonadas
Nas encostas dos caminhos
A juriti madrugadeira da floresta
Com seu canto abre a festa
Revoando toda a selva
O rio manso caudaloso se agita
Parecendo achar bonita
A terra cheia de relva
O sol vermelho se esquenta e aparece
O vergel todo agradece
Pelos ninhos que abrigou
Botões de ouro se desprendem dos seus galhos
São as gotas de orvalho
De uma noite que passou
Link: http://www.vagalume.com.br/dino-franco-mourai/cheiro-de-relva.html#ixzz3YOcZs9rH
sábado, 25 de abril de 2015
É preciso aprender com a mulher do guarda chuva
Esta senhora desce a avenida com um matinho na mão. Olha pro
chão e depois para o barranco. O que vê, ou o que procura, uma muda de planta,
um tempero de cozinha, talvez o coentro, um galho de loro pro feijão? Ou será um pé de boldo, um capim santo (erva
cidreira) ou um chá de quebra pedra. Os pensamento dela estão com os seus
(família, vizinhos). Um deles precisa um chá disto e o outro daquilo. Ela cura
a má digestão deste, tira a dor muscular daquele e regula os intestinos de
alguém. À noite, antes de dormir, ela ferverá a erva doce para dormir melhor.
Ao se levantar ela tirará o chá de capim santo da geladeira e com ele embeberá
um chumaço de algodão para suavizar a olheira da filha antes que esta saia pra
trabalhar.
Pois esta mulher possui um saber trazido dos silvícolas há muitos
milênios antes do aparecimento do homem branco por estas plagas. A propósito, poderosas
multinacionais estão clandestinamente recolhendo estes conhecimentos lá na
“nossa” Amazônia e fabricando produtos fabulosos tanto na farmacêutica quanto em
cosméticos, patenteando “suas” descobertas e as colocando no mercado a peso de
ouro. Vale dizer que o Brasil está entre as três medicinas ayurvédicas do
mundo, as outras estão na Índia e na China. Chamamo-la de fitoterapia. Para o
interesse dos gringos que invadem nossas matas sem pedir licença, significa, um
conhecimento que encurta anos de pesquisa em laboratórios.
Aposto como esta senhora da foto também é “benzedeira” (vaydia na Índia). Aquela que depois de uma
reza junto ao paciente recomenda o uso de tais e tais plantas, mas se, por
exemplo, apenas recitar umas palavras contra “mau olhado” ou pra quem “pegou
ar” funciona também, mas se a pessoa estiver em prostração por causa de um “mau
olhado” daqueles, certamente ela recomendará um banho de chá de arruda, e não há religião nisto,
mas fé, religiosidade em vida, e alguns dos seus rituais, assim como na Índia,
desafiam o senso comum e a prática científica.
Ao ver esta senhora descendo uma moderna e movimentada
avenida da cidade, sinto-a como um tesouro e também um testemunho de que nossa
cultura autóctone ainda vive e que não morrerá tão cedo assim apesar do descaso
para com estes nos dias de hoje e que uma hora eu conto.
Nas pessoas, nos animais, nos barrancos e terrenos baldios
da cidade existem coisas a desafiar nossa pretensa sabedoria e outras que nem
sonha nossa imaginação. É preciso aprender com a mulher do guarda-chuva.
JRToffanetto
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Camargo Guarnieri: Brazilian dance (1941) Seresta per pianoforte e orchestra da camera (1965)
Quem não ama não sente
"O fim está próximo" está escrito desde o ano passado no muro do desta casa de quintal para a esquina, e não há dúvida que ele chegará. No presente ela virou um pardieiro ocupado por invasores. Uma morte anunciada ou uma porcaria malcheirosa? De repente, quando menos se espera, lá estará mais um estacionamento de veículos, o que valorizará ainda mais o terreno. À frente dela outras casas estão apenas com o frontispício, o resto veio abaixo. Este é o novo perfil da cidade, o de escombros a escombros nos mais antigos bairros da cidade. Quem não ama não sente. e por não sentirem vivem o egoismo materialista e o resto do mundo que se dane, que vá pro quinto do inferno. Mas quem, de fato, está no inferno? (JRToffanetto)
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Camargo Guarnieri (1907-1993) : Overture Concertante (1942)
A obra musical de Camargo Guarnieri é formada por mais de 700 obras e é provavelmente o segundo compositor brasileiro mais executado no mundo, superado apenas por Villa-Lobos. Pouco antes de sua morte recebeu o prêmio "Gabriela Mistral", sob o título de "maior compositor das Américas".
por Tarcila do Amaral |
Mário de Andrade (1923), por Zina Aita (nanquim s/ papel). |
Mario de Andrade foi o mentor intelectual de Camargo Guarnieri
Ouça também
CXXIX Expo Imagens - FotografiaDeRua (JRToffanetto)
FotosJRToffanetto
Se tudo o que faço é fotografia de rua, dei o título acima porque
gostei das palavras sem espaço
se nas ruas tudo o que há é espaço, espaço
em ebulição, avultando aos olhos, buscando sentido, conversando com seus
sentidos, redescobrindo-se após o disparo da máquina, como um poema ganhando
significação, transcendendo-se porque vivo, ganhando Poesia, escapando num
ponto fora, enfim, uma extração, um recorte do olhar, um prazer, uma
ventura.
terça-feira, 21 de abril de 2015
Libertas Quae Sera Tamem (Crônica)
FotoJRToffanetto
O dia de hoje, onde se comemora o Dia da Inconfidência Mineira, melhor seria dito como "O Dia em que o Brasil acordou desde o seu descobrimento. Tiradentes foi esquartejado e sua cabeça posta num mastro, e exilados do império os poetas que faziam parte do grupo revolucionário. Séculos depois, os brasileiros continuam exilados em sua própria terra, perdendo os dentes, sua dignidade, a brasilidade. Ainda vivemos no império da corrupção, do desmando, da ladroagem sem fim, e todo mundo sabe os seus nomes. Mas não precisamos de outro Tiradentes ou da bandeira dos inconfidentes. Chega de revoluções, de comunistas, de traidores como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua cambada. Todos querem o poder. Querem acabar com tudo para cubanizar, venezuelar, bolivarizar o pais e o resto da américa latina. Precisamos que cada um de nós se liberte de ideologias apátridas, que se redescubra internamente (seu eu interior) e, finamente, deixará de ser tonto. Neste dia cada um reinventará a sua casa, a sua rua, o seu país, o mundo e poderemos dizer como Maximilien de Robespierre que muitos franceses ainda não entenderam até hoje "Eu não luto só pela França, mas por todo o Universo". (JRToffanetto)
"Liberdade
ainda que tardia" é a tradução mais comumente dada ao dístico em latim Libertas Quæ Sera Tamen, proposto pelos inconfidentes para marcar a bandeira da república que idealizaram, na Capitania de
Minas Gerais, no Brasil do final do século
XVIII.
O dia de hoje, onde se comemora o Dia da Inconfidência Mineira, melhor seria dito como "O Dia em que o Brasil acordou desde o seu descobrimento. Tiradentes foi esquartejado e sua cabeça posta num mastro, e exilados do império os poetas que faziam parte do grupo revolucionário. Séculos depois, os brasileiros continuam exilados em sua própria terra, perdendo os dentes, sua dignidade, a brasilidade. Ainda vivemos no império da corrupção, do desmando, da ladroagem sem fim, e todo mundo sabe os seus nomes. Mas não precisamos de outro Tiradentes ou da bandeira dos inconfidentes. Chega de revoluções, de comunistas, de traidores como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua cambada. Todos querem o poder. Querem acabar com tudo para cubanizar, venezuelar, bolivarizar o pais e o resto da américa latina. Precisamos que cada um de nós se liberte de ideologias apátridas, que se redescubra internamente (seu eu interior) e, finamente, deixará de ser tonto. Neste dia cada um reinventará a sua casa, a sua rua, o seu país, o mundo e poderemos dizer como Maximilien de Robespierre que muitos franceses ainda não entenderam até hoje "Eu não luto só pela França, mas por todo o Universo". (JRToffanetto)
segunda-feira, 20 de abril de 2015
HAICAI #480. GIRASSOL
FotoJRToffanetto
Haicai #480. Girassol
Haicai #480. Girassol
Ele,
integrado ao meio e ao Todo
gira o firmamento sol a sol
(JRToffanetto)
Bach-Prelude in C from Well-Tempered Clavier Book 1 (Friedrich Gulda)
FotoJRToffanetto
https://www.youtube.com/watch?t=24&v=0KQW2YnCUrE
Prelude and Fugue No. 1 in C major, BWV 846, from the Well-tempered
Clavier by Johann Sebastian Bach. Played by Friedrich Gulda; recorded 1972, MPS-Tonstudio, Villingen,
Germany.
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