FotosJRToffanetto
Andar pela cidade reserva surpresas. Quando você menos espera, abre-se um visual, então você pára, olha, sente, fotografa... Algumas pessoas também param, mas pra conferir o que você está fazendo, ou melhor, conferir você, e isto não me surpreende. Eram apelidadas de "bicudas" mas, pra mim, um curioso folclore, uma coisa que vem do tempo da carroça. A propósito, a maioria das ruas vicinais da cidade se formaram no caminho das carroças, talvez o único perfil a não se apagar além do muito legal jeitão provinciano que ainda subexiste nas pessoas.
Se na "Expo 1 e 2" as imagens são do leste para oeste, nesta seção são do oeste para o leste. Em se pensar em panorâmicas com das vezes anteriores, precisaria que subisse o morro da Vigorelli mas lá ergueram um muro alto por toda extensão, talvez eu precisasse de um andaime, ou sobre a carroceria de uma camionete. Faria, sem dúvidas, se eu fosse um fotógrafo. No meu caso, ando com uma máquina fotográfica digital presa à cinta, e fotografo o que me toca, e eu gosto do experimentar.
Por exemplo: levei a Regina a um escritório da Rua Pirapora (Bom Jesus de Pirapora). Estacionei o carro embaixo da árvore da imagem que se segue. Esperar dentro do carro eu não fico. Motivo para andar pelas cercanias. Muros são campos abertos para ver a cidade. Com prédios subindo pra tudo quanto é lado, o sentimento é o de um novo olhar a ser conferido. Fui logo atravessando a rua e disparando a máquina. Terminado a seção, eu descia a rua em busca de mais visuais do centro velho, mas a Regina me chamou desta esquina aí. Eu estava me aprontando para clicar a cidade por entre galhos de uma árvore mas, o vento gelado do outono me levou abrir logo a porta do carro para a Regina entrar.
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