terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Assim disse a Roseira

Assim disse a roseira (1)




Elegantemente, ela se apresentou assim:

- Entre as flores, a rosa é rainha. O Jardineiro é seu consorte. Eu sou filha desse amor divino que todo dia os vê casando-se na Luz.

Depois de breve silêncio, a roseira continuou:
- A rosa esmagada por uma mão, boba ou insana, manifesta quão grandiosa é a força da beleza.

- O Belo, em si, é sua maior defesa. Ela não precisa de defensores. 

- Gloriosos os que pela rosa e seu olor estiverem na linha de frente, deixando pelos caminhos o rasto pétalas sedosas.

- A Terra, pelo egoísmo humano e suas  descuidadas transgressões, vem, cada vez mais, enroscando-se nos espinhos pontiagudos das roseiras, ficando, pois, presa à Justiça, sobretudo, a Divina.

- Espinhos pontudos voltam-se  pro chão, protegendo as rosas que se dão para a Luz.

- Espinhos, assim como eu, roseira, somos reminiscência da sarça.  Dizem ao Homem que ele também é do fogo do céu, e que nele estão botões velados a florarem  maior  que si próprios. Sim, eu Roseira alcancei a Rosa, a Beleza igual Perfeição.

- A Luz acompanha de todo botão velado até sua floração.
- A Terra precisa da rosa com ou sem espinhos. O botão de rosa veio pela Bondade do Criador. A rosa precisa da Terra para o homem sutilizar-se, aprender o respeito por todas as 
formas de vida. or causa do home. Ela veio pela Bondade Maior.- Suas pétalas são versos que se abrem pra Luz. Eis a filosofia da rosa desde a roseira, desde a haste de espinhos, desde a sarça, e antes mesmo da junção de tres átomos: dois de hidrogênio e um de oxigênio.
- Aprendi com o Jardineiro que a rosa está integrada com o meio e com o Todo, e que isto é tudo. Cada um abrirá ou não suas pétalas à Luz.

JRToffanetto

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