Peixinhos suicidas nadam sarjetas,
pulam gatos, muros e passarinhos
Sobem escadas, navegam aquários,
flutuam nas gotas divinas da chuva
(Yuri Ulrych)
Comentário: (Creio que o poema deve explicação para que, entendendo-o, sintam-no)
Êta peixinhos cheios de Vida!!! Ascese. Tudo a ganhar, nada a perder da origem, antônima ao modo comum. Belo e preciso. Os abaixo da superfície, sem capacidade de se moverem de si mesmos, seguem mortos, transportados pela correnteza. Afinal, quem são os suicidas? Os que " flutuam nas gotas divinas da chuva"(?)(JRToffanetto)
Obs.: Passado da meia-noite, depois do foguetório na cidade anunciando a chegada do Natal, vi o Yuri declamando o poema no sofá. Testava fluência, ritmo. Encontro esta quadra decassilábica pela manhã como um presente. Todo poema é um presente dado, compartilhado.
JRtoffanetto
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