domingo, 9 de dezembro de 2018

Dilermando Reis em 1968 regrava Abismo de Rosas de Canhoto em 1905

Américo Jacomino (Canhoto) à esquerda, autor da valsa Abismo de Rosas em 1905, como desabafo por uma decepção amorosa. Curioso descobrir isto pela internet, pois sempre trouxe comigo uma outra leitura. Lembro-me do meu pai, Sr. Orlando, nascido em 1924/Dois Córregos ouvindo-a na rádio vitrola. Em algumas músicas ele apagava a luz da sala para ouvir à luz bruxuleante do finalzinho da tarde. Depois da janta ele junta sua cadeira para, no meio da rua, conversarem "sobre os tempos idos". Muitas histórias sobre um mundo estranho pra mim, e nisto eu conhecia um pouco mais sobre ele. Em "Abismo de Rosas", assim como o tango "Despertar da Montanha" de Eduardo Souto, entre outras, enfim, sentia um sentimento indecifrável nele. Uma melancolia, uma certa tristeza por tanta beleza se findando à boca da noite. Ao longo, esta música sempre me expressando certo sentimento de brasilidade pura, tornou-se emblemática para mim. Emociona-me, às vezes, assim como "Branca" de Zequinha de Abreu.


Canhoto à esquerda, autor da valsa Abismo de Rosas,
em 1905 como desabafo por uma decepção amorosa 



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