segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Fotografia de Rua em Experimento 1, 2 e 3 _JRToffanetto


1. A fotografia de rua é um pano de fundo mensurável do ser humano tal qual é, com seus sonhos ou na ausência deles, seja com ou sem perspectivas. Neste fazer, na rua todos se revelam transitórios, em suspensão. Tão rápida quanto um bater de olhos, tudo passa pelas lentes fotográficas. Num clict, um instantâneo em cena. Imagens que jamais se repetirão ainda que o espelho seja o mesmo, registros do  lado de dentro à flor da pele, tangente à rua.


2. Movimento.
Da superfície lisa das lentes fotográficas,
do movimento em espelho irretocável,
aberto à transmudação se põe adiante. A fotografia de rua congela instantâneos de gente, identidades que se avultam compondo o irretocável do presente instante. Em cenas do cotidiano, grafando o transitório, tais fotógrafos abrem registros de reflexão para além da aparente vida em comum a todos, como encerrados na temporalidade de um papel levado pelo sorte dos ventos. Abrem espaço aonde não havia algum, revelam a verdade dos fatos até pelas sua inverdades, seus vazios na câmera escura, sempre densos mesmo aparentemente fúteis, intensos de histórias, carregados de emoções, de vida, e de esperanças até pelo avesso.  

3. Na Grande Tecitura, toda fotografia de rua é costura ou descostura.

JRToffanetto
24/12/2018

Nenhum comentário: