Imaginei que as robóticas estavam ali na feira do meu bairro atrás de energia restaurativa, mas não havia nenhuma delas ligada na tomada de energia elétrica. Victória Pêdra*, com sotaque ianque, contou-me a malfadada aventura delas no Brasil. Viviam na penúria. Por alguns trocados elas substituíam as manequins clássicas naquela barraca de roupas femininas . Um sucesso de vendas, pois não só tinha movimento como também conversavam com a clientela. Até o fim da feira teriam o bastante para comprarem os pentes que tanto precisavam - pentes de memória RAM.
Depois desta, eu também fui atrás de energia restaurativa: 2 Pasteis de Calabresa com Catupiri junto a um copo duplo de Garapa Gelada. Paguei por isto, mas de satisfação sem preço, afinal, eu não sou robô, integro-me naturalmente a pastéis fritos na hora e ao caldo de cana, Às vezes, restauro-me apenas com sombra e brisa fresca nestes dias a 33 graus com sensação térmica de 40. E completo meu auto-restauro com vitamina simples de milho ao leite gelado batido no liquidificador. Se alguém nunca sentiu isto, é só provar, quer dizer, caso não seja robô.
* Trocadilho com Victor Stone.
JRToffanetto
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