Fotos tiradas na entrada da cidade pela Estrada Velha de São Paulo (Ao fundo a Rodovia Anhanguera) |
Estas imagens, assim como as da postagem anterior (http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/06/do-alto-da-barroca-e-linguagem-do.html) foram fotografadas ontem, segunda feira.
A Regina e eu finalizávamos alguns compromissos pela cidade quando fomos surpreendidos pela colorida imagem de uma árvore no alto da barroca. Corríamos com o tempo. Deixei marcado para fotografá-la no caminho de volta, afinal, não era apenas um registro fotográfico que eu desejava daquela árvore, precisava ficar perto dela... parar o tempo... alcançar um estado para além do clicar a máquina.
Sempre fui apaixonado pela gradação de lux do sol sobre os dias de inverno. Desde o outono que a luminosidade solar clareia o mais sutil, expande o mais leve, realça o mais susceptível, e nos fala da vida por um viés mágico, radioso.
O paciente outono nos segreda o belo. O inverno é longânime, fala-nos da esperança para além das nossas forças, cochicha-nos a vida imorredoura, o acolhimento da eternidade e sua concentração de energia nas raízes para a rebentação dos brotos logo na primavera.
Enquanto eu aguardava a Regina voltar, de dentro do carro eu sentia a atmosfera radiosa daquela manhã, bebia o avarandado azulzinho do céu, largava as vistas na refração colorida de tudo em volta.
O estado para fotografar finalmente se abriu quando, naquela poesia transluzente, estiquei o pecoço para trás. Num átmo de segundo senti a natureza falando da morte como uma semente para vida, a primavera velada que o inverno guardava para ela vestir. CLIC
Jairo Ramos Toffanetto
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