quarta-feira, 27 de junho de 2012

Tao Te Ching


O Tao Te Ching ou Dao de Jing,
"O Livro do Caminho e da sua Virtude".



(Cap.1)

O Tao de que se pode falar não é o verdadeiro e eterno Tao.


O nome que pode ser dito não é o verdadeiro nome.

O que não tem nome é a origem do Céu e da Terra

E o nomear é a mãe de todas as coisas.



Sem a intenção de o considerar,

Podemos apreender o mistério e as suas subtilezas,

Através da sua ausência de forma.

Tentando considerá-lo, só podemos ver a sua manifestação

Nas formas que definem o limite das coisas.



Ambos provêm da mesma fonte e são o mesmo.

Diferem apenas devido ao aparecimento dos nomes.

São o mistério mais profundo,

a porta para todos os mistérios.


Notas:

- Quando vemos uma cor ou ouvimos um som, há um momento breve inicial em que o nosso cérebro ainda não fez um julgamento sobre a nossa percepção; não sabemos ainda que som ou cor é, nem sequer temos ainda uma consciência clara que estamos a ouvir ou ver alguma coisa. Estamos no domínio «do sem nome», do vazio indiferenciado que nunca pode ser exausto ou descrito. Depois, quando emerge a consciência e o pensamento, que tem por base a linguagem, passamos ao domínio «do que tem nome» e vemos então todas coisas diferenciadas, cada uma com o seu nome. É com o aparecimento dos nomes que aparecem todas as coisas e o Um se transforma em muitos.

- O Caminho do Tao é o caminho de volta ao estado de graça em harmonia com o Tao.  O universo é como um organismo vivo resultante da expansão vitalizada do Tao (a ordem natural, a providência). O Tao manifesta-se continuamente no fluxo e refluxo constante de todas coisas que existem e que foram criadas pela sua actividade.

Outra postagem (verso 76):
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2011/05/dao-de-fing.html

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