"O poeta tem pés de barro"
(Adélia Prado)
"Na terra do céu"
Oh! Adélia...
sem asas nas têmporas
o poeta com seus pés de barro
não andaria nas nuvens
fundindo céu e terra
com a linha do horizonte
Sua missão arte filosófica,
e o que o humaniza,
é integrar o barro ao céu,
se ao poeta-homem os céus,
para além dos cirros,
já são de terra
Somos pó das estrelas.
Barro é a união de pó a pó.
Pó que estava isolado, disperso,
agora umedecido
pelo sentimento do Eterno
em gênese criativa
A matéria prima do poeta,
para além do pó das estrelas,
é este sentimento úmido,
sem ele, antes que pés de barro,
terá pés de vento
desde os miolos.
Jairo Ramos Toffanetto
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