Manoel de Barros:
A poesia está guardada nas palavras — é tudo que
eu sei. Meu fado é de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as
insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios."
Manoel Wenceslau Leite de Barros (Cuiabá, 19.12.1916). Poeta brasileiro do século XX, pertencente, cronologicamente, à Geração de 45, formalmente ao Modernismo brasileiro, da Poesia Pau-Brasil e da Antropofagia de Oswald de Andrade.
Nota: Enquanto ainda escrevia, Carlos Drummond de Andrade recusou o epíteto de maior poeta vivo do Brasil em favor de Manoel de Barros. Sua obra mais conhecida é o "Livro sobre Nada" de 1996.
Nota: Enquanto ainda escrevia, Carlos Drummond de Andrade recusou o epíteto de maior poeta vivo do Brasil em favor de Manoel de Barros. Sua obra mais conhecida é o "Livro sobre Nada" de 1996.
vaga-lumes driblam a treva.
Meu olho ganhou dejetos,
vou nascendo do meu vazio,
só narro meus nascimentos.
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