Tenho memória de tantas auroras... os sentimentos que elas me dão... e, no desejo de compartilhá-los, algumas delas eu fotografo como pano de fundo. Às vezes acredito que algumas delas respiram assim como o que sinto.
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Levanto-me, deixo a água esquentando para fazer café e subo ao terraço a para sentir a claridade sobre o que estava às escuras, o dia nascendo.
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Com as cores da aurora ou não, fico a mirar o horizonte leste desde a barra clara do dia. Gosto de ficar na emenda do sonho das estrelas com o sol. Deixo a energia das manhãzinhas me preencher. Carrego-me desta emenda para o resto do dia.
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Nos ambientes para onde eu for lhes irradio este estado auroreal da criação. Ponho o sol aonde estiver escuro, a aurora nas pessoas que andam de pálpebras abaixadas, a leveza da atmosfera matinal nos ambientes sufocantes, e nos ambientes mais alegres, integro-lhes a atmosfera da criação, os versos do Poeta Maior. Irradio o Mundo Bem Melhor no qual vivo em movimento.
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Depois de fazer o café voltei para o terraço à espera do nascer do sol. No céu sem nuvens que vira à pouco, surpreendi-me com um risco de luz auroreal no céu. O Desenhista Maior deixara um traço-Luz ascendente no éter, uma letra de Verso, o primeiro movimento de uma suíte para que continuássemos a composição. Quan-ta honra para todos nós, para todo o Dia-Luz, o Eterno Presente.
Em 15/08/2012 |
Jairo Ramos Toffanetto
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