"June 1994" (1994) é uma das obras expostas na mostra de Ai Weiwei no MIS, até 14 de abril
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Uma foto criada de forma explicitamente política e, como tal, uma imagem sem encanto. Mesmo no universo da fotografia, sem poética não há arte. Mas deixando a arte pra lá e até o modo contestatório na qual ela se insere, será que o "artista" não tem um facho de luz para mostrar o que ninguém está vendo ainda? Enfim, dentro desta sua proposta mais política que artística, esperava ao menos algo com uma nesga idealista.
Não me surpreende que o "artista" chinês Ai Weiwei seja aclamado como um dos nomes mais poderosos do mundo da arte contemporânea, pois explica o porque do "ocidente cultural" estar cada vez mais artisticamente anêmico. A mostra "Ai Weiwei - Interlacing" não cabe na Paulicéia Desvairada.
A história da vida de Ai Weiwei merece respeito, e é mais importante que sua obra, mas não rendo homenagem ao artista, e a nenhum artista do fim dos tempos. O século XX foi exemplar nisto, mas está no passado e basta! Vivemos na "Era do Conhecimento" mas a hegemonia cultural anda de calcinha na mão.
Jairo Ramos Toffanetto
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