Certa vez em Paris (1922), Pixinguinha, depois de ele com seu regional tocarem “Gargalhada”, ao ouvir dos críticos franceses a classificação dela como música erudita, ele respondeu que era o que se tocava pelas ruas da sua cidade, o Rio de Janeiro.
A primeira parte desta história é contada por Hermíneo
Bello de Carvalho (compositor,
poeta e produtor musical, além de ativista Cultural na linha de valorização da
nacionalidade de Mario de Andrade e Villa-Lobos), mas a segunda parte de sua resposta pode
ser lenda, mas não importa, porque a verdade é que havia um caldeirão musical
no Brasil onde fermentavam inúmeros estilos musicais de fora do país e que eram
incorporados e transformados em criação musical própria, singular, da nossa gente.
Segundo o próprio Hermíneo,
a execução de "Gargalhada" dada por Altamiro Carrilho consegue atrair todas as intenções do autor,
inclusive imitando um diálogo de flautas na terceira parte, efeito esse obtido
em oitavas, todavia, no vídeo acima aonde ele toca uma seleção de músicas do Pisindim não chega ao efeito de duas flautas em uma. Altamiro depois de destacar que Gargalhada é um xote-concerto acrescenta "e o curioso é nem o próprio Pinxinguinha a gravou porque ele escreveu para mim, em minha homenagem".
No vídeo abaixo o citado efeito das flautas em uma aparece, mas como tem pouco acesso no YouTube eu não consegui puxá-lo para o blog, todavia, segue o link para acesso https://www.youtube.com/watch?v=cv7tcwN4Agk, ou digite-se no YouTube "GARGALHADA (Pixinguinha) - MÁRIO SÈVE e MARCELO FAGERLANDE", e que é uma sessão de flauta e cravo "linda de morrer!" (Mário: flauta e Marcelo: cravo).
Pixinguinha |
No vídeo abaixo o citado efeito das flautas em uma aparece, mas como tem pouco acesso no YouTube eu não consegui puxá-lo para o blog, todavia, segue o link para acesso https://www.youtube.com/watch?v=cv7tcwN4Agk, ou digite-se no YouTube "GARGALHADA (Pixinguinha) - MÁRIO SÈVE e MARCELO FAGERLANDE", e que é uma sessão de flauta e cravo "linda de morrer!" (Mário: flauta e Marcelo: cravo).
Jairo R. Toffanetto
2 comentários:
Pô Jairo é lógico que conheço este choro. Lindo!!! Altamiro Carrilho, mestre dos mestres da flauta.
Fernando, amigo da alegria do Chôro, somos mesmo privilegiados por conhecer tão belas páginas de nossa música.
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