A filha da Poesia
Neste meu blog me
mantenho aberto à criatividade das coisas que me tocam. Se elas se darão como arte
ou não quase nunca sei. Procuro apenas dar forma ao que atravessa o sentir e segue adiante, algo como uma retribuição ao
Bem recebido. Nada é meu, por isto o compartilho com o mundo todo até aos
confins do Cosmo.
Sou enamorado da Beleza, a filha da Poesia, e com ela me encontro
em todo lugar mesmo nas situações de cimento e cal, de pau e pedra. Todavia,
sou um cidadão comum. Permito-me rir de bobagens que dão gosto a este mundo
hilário. Mas só por uma intersecção no tempo no qual ainda mantenho uma sonda,
e não de identificação, mas de sobrevivência, e procuro ser bom nisto. Busco ser
útil no ponto que o outro ou o meio mais precisa, enfim, que possa valer minha
carne, meus ossos, meus neurônios.
Já a filha da Poesia nada me pede, tudo me dá. Todo meu
movimento é em retribuição ao recebido. Quero estar à altura dela e, um dia, quem
sabe, nela me fundir para todo o sempre. Se a isto chamam de poesia rimada com
fantasia, digo que aprendi chamá-la, respeitosamente, de Filosofia.
Jairo Ramos Toffanetto
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