terça-feira, 13 de agosto de 2013

A filha da Poesia


A filha da Poesia
 
Neste meu blog  me mantenho aberto à criatividade das coisas que me tocam. Se elas se darão como arte ou não quase nunca sei. Procuro apenas dar forma  ao que atravessa o sentir  e segue adiante, algo como uma retribuição ao Bem recebido. Nada é meu, por isto o compartilho com o mundo todo até aos confins do Cosmo.

Sou enamorado da Beleza, a filha da Poesia, e com ela me encontro em todo lugar mesmo nas situações de cimento e cal, de pau e pedra. Todavia, sou um cidadão comum. Permito-me rir de bobagens que dão gosto a este mundo hilário. Mas só por uma intersecção no tempo no qual ainda mantenho uma sonda, e não de identificação, mas de sobrevivência, e procuro ser bom nisto. Busco ser útil no ponto que o outro ou o meio mais precisa, enfim, que possa valer minha carne, meus ossos,  meus neurônios.

Já a filha da Poesia nada me pede, tudo me dá. Todo meu movimento é em retribuição ao recebido. Quero estar à altura dela e, um dia, quem sabe, nela me fundir para todo o sempre. Se a isto chamam de poesia rimada com fantasia, digo que aprendi chamá-la, respeitosamente, de Filosofia.

Jairo Ramos Toffanetto

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