O "eu" ou a máscara?
Nos dias de hoje, a imagem tem substituído a palavra, e isto é algo que todo mundo pode testificar. O mundo virtual é dominante. Vivemos um período de transição para a esfera mental. Não busco prós e contras. A imagem que se passa pode não remeter à realidade dos fatos mas a constrói. A construção de uma afecção hedionda, p.ex. Ação da ideia que se forma e, assim, o virtual vai se tornando concreto.
O que você
imagina acontece, e você pode ser o que não é mas o que imagina ser. O individualismo parte da verdade pessoal de
cada um, e destituída de juízo de valor por que tais “verdades” são as do meio,
da influência externa no objeto de atenção, do barco que está passando e no
qual se entra. Estou dizendo da ausência do eu, do “imagino, logo existo”.
No presente,
a essência original é quase “um pecado original” no meio em comum. Faltam
elementos ao meio externo para que ela seja vista, mas a diferença que a
individuação pode fazer está para além do que se imagina por aí.
Bem poucos conseguem
transpô-la na ocupação do espaço em comum. Agir mediante ela demanda
princípios. Nossa essência demanda princípios do Eterno. O externo não tem
princípios, é caos, demanda criação. É só através de tais princípios
transpostos em conduta filosófica que se pode ver o outro e ir ao seu encontro
para lhe ser útil, prestar ajuda verdadeira.
Vivemos um
período de escolhas: o “eu” ou a “máscara”.
Se a escolha é a do “eu”, haverá responsabilidade de ordenar o próprio pensamento
para criação de imagens responsáveis ao bem em comum. Eu, p.ex., vim para
trazer e compartilhar o Belo. Se este é meu pão de cada dia, procuro ser bom no
trabalho em razão do pão de trigo.
Jairo Ramos
Toffanetto
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