domingo, 22 de janeiro de 2012

Como matar uma árvore

Causando-me impacto a imagem fantasmagórica da morte da árvore das fotos desta postagem, fiquei a imaginar o homem que diariamente a esteve envenenando, e também naqueles que a mandaram matar: os donos do mundo, e não consegui entendê-los.

(Foto tirada na margem do Rio Jundiaí)
Isto só seria possível se eu fosse tão sinistro quanto eles, ou tão devorador quanto eles, ou tão pobre de espírito quanto eles. Até que ela seja finalmente derrubada, eis aqui o monumento dos desalmados, o monumento daqueles que vivem da morte, o monumento daqueles que nada sabem o que é vida.


Mais tarde, tentando entender a dor que se infligiu àquela forma de vida, digitei no google a seguinte frase: “Como matar uma árvore”, e encontrei nada menos que sete milhões, duzentos e dez mil resultados. Inúmeros sites davam receitas com ou sem produtos químicos. Até aonde pesquisei, não vi ninguém questionando outras soluções, só matar, matar e matar. Não falta apenas sensibilidade e criatividade, falta vergonha. É muita gente sinistra. Os animais são melhores que elas.

(Clique na Imagem para ampliá-la)
Talvez esta gente sinistra precisassem sentir um pouco, só um pouquinho do veneno, o bastante para se ver diante da sua lápide e nela ler o "como" sua história foi escrita: “Aqui jaz alguém que envenenou e matou vida arbórea para não pagar o preço do pecado da moto-serra. Viveu sem entender nada do que é vida. Nada aprendeu porque não tinha sentimentos. Aqui jaz alguém sem vergonha, sem princípios, sem nada. Nesta lápide as baratas chupam o branco dos seus olhos ainda vivos." 

Nota: O título desta postagem são as mesmas palavras utilizadas na pesquisa do Google, e na esperança de que ela possa tornar-se útil no ponto em que o meio venha precisar.

Jairo Ramos Toffanetto

Nenhum comentário: