quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Formigas que voam não carregam peso


Só carregando  imprescindível para manter sua espécie, se a formiga avaliasse tamanho e peso do bocado a carregar, teria se extinguido da face da terra sem saber de sua força excedente. . Tudo isso está muito certo no mundo das formigas. 

Quanto a nós, ainda que não sejamos formigas, carregamos velhos e pesados programas de captação de lixo mental que não nos servem para viver e neblinam a visão. Só aumentam de peso e volume junto à sobreposição de outros mais recentes e igualmente inúteis e assim mesmo aceitos. A escuridão cobre o planeta.

Formigas que voam não carregam peso. Saem do mesmo buraquinho de terra que as outras, mas com a escolha de voar.

Para voar e também cantar é preciso ser mais que formiga. Como seres em evolução, podemos saltar como o grilo, voar como a libélula, cantar como a cigarra, brilhar como um vagalume... Enfim, pelo livre arbítrio, e o que nos diferencia das demais criaturas, transformarmo-nos em algo bem diferente das primeiras escolhas e, progressivamente, até nos tornarmos fluído sideral. Somos filhos da Luz. Escolhemos o caminho de volta para a casa do Pai.


"A Cigarra e a Formiga" (tinta acrílica sobre algodão crú)
de Yung Gautama Toffanetto, então com nove anos de idade.
Jairo Ramos Toffanetto

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