Se o remédio do sorriso ajuda no clarear das idéias, o do riso te fará chacoalhar até cair os frutos vencidos, esquecidos no pé. Se nada cair, comece a chorar.
A cor do sorriso é azul. Uso profilático em permanência.
JRToffanetto
sábado, 31 de março de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
Supertramp - "School", "Crime of the Century" e "Dreamer"
Supertramp é uma banda britânica de belas criações musicais.
O que podemos alcançar da Poesia?
A Poesia está por toda parte, em cada canto do nosso planeta, no famoso grãozinho de areia e em todos eles. Está em cada um de nós, até no analfabeto e, como lei universal, sempre Grandiosamente. A Poesia é lei universal, é a Eternidade, é a Grandiosidade.
O que podemos alcançar da Poesia?
Tudo pode caber em nós, não para conter, mas para passar, para seguir seu caminho rumo ao infinito. Quanto mais finito, mais matéria, mais pesados somos nós, e menos captamos, menos sentimos do que passa em fluxo contínuo, permanente, ad eternum. É preciso estar leve como pluma para a Poesia passar.
Tudo pode caber em nós, não para conter, mas para passar, para seguir seu caminho rumo ao infinito. Quanto mais finito, mais matéria, mais pesados somos nós, e menos captamos, menos sentimos do que passa em fluxo contínuo, permanente, ad eternum. É preciso estar leve como pluma para a Poesia passar.
Nada pertence a ninguém, menos o poema ao poeta, porque antes de grafado ele já estava no Todo. Um dia estaremos em Poesia, e quando, uma assinatura sob um poema será pertence dos tempos da matéria.
Jairo Ramos Toffanetto
quarta-feira, 28 de março de 2012
Foto no equinócio da primavera (Cabul, Afeganistão)
21 de março - Cabul, Afeganistão -
Garoto afegão aguarda clientes para vender seus balões no segundo dia do Noruz, que celebra o ano novo. O festival, celebrado na Turquia, repúblicas da Ásia central, Iraque, Irã, Azerbaijão e Afeganistão, coincide com o equinócio da primavera, no hemisfério norte. De origem Persa, o evento é celebrado há mais de 3000 anos.
(Fonte: Yahoo-notícias-fotos-imagens-semana)
Garoto afegão aguarda clientes para vender seus balões no segundo dia do Noruz, que celebra o ano novo. O festival, celebrado na Turquia, repúblicas da Ásia central, Iraque, Irã, Azerbaijão e Afeganistão, coincide com o equinócio da primavera, no hemisfério norte. De origem Persa, o evento é celebrado há mais de 3000 anos.
(Fonte: Yahoo-notícias-fotos-imagens-semana)
domingo, 25 de março de 2012
Lua, a Dama da Noite
O carregador de coloridas bolas e brinquedos infláveis
Empurrando minha McLaren em frente da Igreja da Vila Arens, vi o personagem das fotos que tiraria logo mais. Primeiro eu precisava sacar a máquina fotográfica e lhe inserir a bateria e, depois, correr para não perder a foto que deveria ser tirado com o personagem no meio do trânsito daquela manhã de sábado (ontem), e ele já ia se distanciando. Eu já estava correndo quando uma mulher toca o meu braço com sua mão gelada tentando me parar para que eu lhe desse uma moeda. Respondi-lhe "Agora não posso", e tirei esta foto onde uma criança (aparece) se volta para mais uma espiadela no personagem:
Corri até a esquina em frente ao estacionamento do Supermecado e... mais outra foto. Depois olhei na direção aonde estava a pedinte de mão gelada e não mais a vi.
Ao editar as imagens, pensava em algum texto, talvez valorizando a garra deste pictório personagem de cabelos brancos... do olhar atento da criança.. Daí me lembrei da pedinte, sua mão gelada e mole, sem forças. A moeda que eu lhe desse talvez não esquentaria sua mão, nem o seu coração. Fotografado em minha memória ficou a imagem desalentadora do seu rosto sobre um corpinho esquálido. Deus a proteja.
Minha McLaren e eu. |
Dmitri Shostakovich - Valsa Russa n.o 2
Sob o céu azul, quantas coisas boas (Prokofiev, Shostakovich) e más (Stalin, o ditador sanguinário).
Os trabalhos orquestrais de Shostakovitch incluem quinze sinfonias e seis concertos. Sua música de câmara inclui quinze quartetos para cordas, um quinteto para piano, duas peças para um octeto de cordas e dois trios para piano. Para piano, ele compôs duas sonatas solo, um primeiro conjunto de prelúdios e um outro conjunto mais tardio de prelúdios e fugas. Outros trabalhos incluem duas óperas e uma quantidade substancial de música para filmes.
Shostakovich (1906-1975) |
Neste blog, ouça Prokofiev (Sinfonia n.o 5):
sábado, 24 de março de 2012
TÚNEL DO TEMPO (João Paulo Amaral) - viola caipira
João Paulo Amaral gravou um CD autoral de Viola Brasileira, e que traz nove composições do violeiro, as quais variam de ponteios e ritmos tradicionais da viola caipira e de outras regiões do Brasil, até solos e harmonias contemporâneas, influências vindas da música instrumental brasileira e do jazz. João Paulo Amaral (viola caipira e voz) toca ao lado de Alberto Luccas (contrabaixo acústico) e Cléber Almeida (bateria e percussão).
O vídeo é uma fragmentação de imagens na tentativa de costurá-las. Não senti a música assim. Abri outra tela do YouTube e procurei "Túnel de Tempo" apresentado de outra forma e não o encontrei. Sem o vídeo foi melhor para mim ouvir o viola de João Paulo.
Eduardo Nadruz "O MAGO DA GAITA"
Edu da Gaita,
assim como Copinha, São Pixinguinha, Waldir Azevedo, e tantos outros de mesmo delicado sentimento de brasilidade, compuseram as mais belas e eternas páginas musicais.
Uma Gaita Sobe o Morro foi composta por Edú da Gaita para figurar num quadro de show do Cassino da Urca, em 1946, mas não pode ser apresentada por causa de um decreto que mproibiu o jogo em todo o país.
Eduarto Nadruz (Edu da Gaita), compôs "Gaitinha Gaúcha" nos tempos de adolescência em sua cidade natal, Jaguarão, fronteira do Brasil com o Uruguai.
A valsa em ré bemol maior n.o1 opus 64 de Chopin foi, com Eduardo Nadruz acompanhada por uma orquestra de cordas e instrumentinos. Ele conta que "a finalidade dela é demonstrar a influência do grande mestre polonês em nosso país, notadamente sobre a obra de Ernesto Nazaré."
sexta-feira, 23 de março de 2012
Por Um Mundo Bem Melhor
A Internet é mesmo bela!
Procurando imagens sobre o outono, em 0,14 segundos o Google me apresentou nada menos que cinco milhões, cento e oitenta mil resultados para a minha pesquisa. Eis uma delas:
No Brasil, hemisfério sul, o outono começa em 21 de março.
Ontem, dia 22, tirei a foto abaixo:
São tantas as árvores mortas por envennamento na minha cidade...
Os pássaros desta foto me ensejaram registrar o contraponto entre a vida e a morte, e no mesmo dia (22) em que o Greenpeace lançou em Manaus, capital do Estado da Amazônia, a Campanha do Desmatamento Zero.
Para Jundiaí quero o fim do envenenamento de árvores, e aos algozes infratores sejam imputados como inafiançáveis crimes contra a humanidade, afinal, dá pra sentir o drama de alguém, um ser humano morrendo como as árvores, lentamente por envenenamento? Tem até um jargão popular que diz "Quem não tem cabeça o copo padece", então... cadeia neles, e que fiquem tracafiados no meio dos bandidagem.
Diferentemente das árvores plantadas ao chão, o bicho-homem, a criatura de duas pernas, pode correr a um médico e procurar um antídoto. Mas o que a árvore pode fazer diante da morte certa? Ver o sol se apagando, os pássaros emudecendo, as flores murchando? São pobres condenadas, indefesas aos caprichos do egoísmo humano.
Por estas e mais aquelas, a sociedade humana, por todos os cantos do mundo, vai sendo envenenada, morrendo lentamente, e parece que ninguém tem nada a haver com isto. Todos tem culpa, senão no cartório, no livro em que cada um escreve a sua vida. Quanto a mim, aprendi trabalhar por Um Mundo Bem Melhor.
Jairo Ramos Toffanetto
Veja também:
- A árvore crepuscular:
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/03/arvore-crepuscular.html
- Serra do Japi e Aziz Ab Saber
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/03/serra-do-japi-e-aziz-ab-saber.html
- Serra do Japi - O terreno baldio da cidade
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/02/serra-do-japi-o-terreno-baldio-da.html
- Pé de Jaca
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/02/pe-de-jaca.html
- Como matar uma árvore
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/01/como-matar-uma-arvore.html
- A flor da Paixão
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2011/09/flor-da-paixao.html
- Serra do Japi e Maís
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/11/serra-do-japi-e-mais.html
- Cadê a Serra do Japi
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2010/09/cade-serra-do-japi.html
- Cadê a Serra do Japi (2)
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2010/09/cade-serra-do-japi-2.html
- Serra do Japi (poemas dos meus vinte anos)
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/11/poemas-dos-meus-vinte-anos-4-terra-do.html
- A nota lá
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2010/08/nota-la.html
Veja também:
- A árvore crepuscular:
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/03/arvore-crepuscular.html
- Serra do Japi e Aziz Ab Saber
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/03/serra-do-japi-e-aziz-ab-saber.html
- Serra do Japi - O terreno baldio da cidade
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/02/serra-do-japi-o-terreno-baldio-da.html
- Pé de Jaca
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/02/pe-de-jaca.html
- Como matar uma árvore
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2012/01/como-matar-uma-arvore.html
- A flor da Paixão
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2011/09/flor-da-paixao.html
- Serra do Japi e Maís
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/11/serra-do-japi-e-mais.html
- Cadê a Serra do Japi
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2010/09/cade-serra-do-japi.html
- Cadê a Serra do Japi (2)
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2010/09/cade-serra-do-japi-2.html
- Serra do Japi (poemas dos meus vinte anos)
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/11/poemas-dos-meus-vinte-anos-4-terra-do.html
- A nota lá
http://poemas-de-sol.blogspot.com.br/2010/08/nota-la.html
quinta-feira, 22 de março de 2012
Frases de Abraham Lincoln
Presidente dos Estados Unidos de março 1861 até seu assanitado em abril de 1865 |
"A melhor parte da vida de uma pessoa está nas suas amizades."
"Uma pessoa será tão feliz
quanto sua mente decidir."
"Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento."
"Tato é a capacidade de se descrever os outros tal como eles se julgam."
"Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa para ser um mentiroso de êxito."
"Nunca devemos mudar de cavalo no meio do rio."
(Abraham Lincoln)
quarta-feira, 21 de março de 2012
Prokofiev: Symphony No. 5
O dia nasce belo, cheio de energia sutil,
e é como sinto este trecho divino musical.
Sergei Sergeyevich Prokofiev (Russian: Сергей Сергеевич Прокофьев; 1891 – 1953). É um dos compositores soviéticos mais celebrados do século XX.
terça-feira, 20 de março de 2012
Cool! grupo UAKTI em Japão '89 (1/2 e 2/2)
O Uakti é um grupo brasileiro de música instrumental, formado por Marco Antônio Guimarães, Artur Andrés Ribeiro, Paulo Sérgio Santos e Décio Ramos. O Uakti é conhecido por utilizar instrumentos musicais não convencionais, construídos pelo próprio grupo.
O nome do grupo se origina de uma lenda dos índios Tukano. Uakti era um ser mitológico que vivia às margens do Rio Negro. Seu corpo era repleto de furos que ao serem atravessados pelo vento emitiam sons que encantavam as mulheres da tribo. Os homens perseguiram Uakti e o mataram. No local onde seus restos foram enterrados nasceram palmeiras que os índios usaram para fazer flautas de som encantador como os produzidos pelo corpo de Uakti.
segunda-feira, 19 de março de 2012
The Secret Life of Plants - Stevie Wonder
domingo, 18 de março de 2012
A árvore crepuscular
A inspiração é o dia-luz, a fotossíntese, o trabalho, a alquimia, a transformação da energia. A expiração é noturna, o expelir do que não mais serve, a limpeza, a reorganização interna para a atividade luminosa. Para a árvore, a manhã se estende por toda a primavera. O meio dia é o verão. O outono é o entardecer do dia, e o inverno é a longa noite escura. Assim, uma árvore de trezentos e sessenta e cinco anos de vida na contagem dos homens, tem, para elas, apenas um ano de idade.
Pois esta árvore é minha vizinha de quarteirão, minha amiga de reflexão. Ela leva meus olhos para o céu e me conta os segredos da paciência cá na terra. A cor de suas flores é a mesma do crepúsculo e das favas da romã. Fala-me da sua intimidade com a luz, o vento, a chuva, e que não teme os relâmpagos, gosta dos trovadores ribombos. Sabe cada música que o dia-luz canta. Nunca dorme, vigia os pássaros e conversa com as estrelas. Dá flores, sombra, beleza e lições de filosofia.
Eis algumas de minhas amigas da Av. Samuel Martions. |
Tenho uma vizinhança de muitas amigas pela Av. Samuel Martins e por toda Vila Progresso e Vila Arens. Os pés de romã, amora, pitanga, manga, abacate, limão e laranja cravo me atraem como aos pássaros, como ao menino que nelas se empuleiram. O de abacate, plantado na vizinhança do Jardim do Lago, foi pelas mãos da Regina, e já tem vinte e tres dias de vida. Gosto de vê-lo carregado de frutas - cada uma delas serve por uma refeição. Ele me fala da dadivosidade, do dar com fartura.
Uma destas árvores tantas de minha vida, certa vez me contou que do caldo oceânico saíram criaturas que foram se abrigar sob elas. Todos nós somos seus filhos por adoção e, depois, por sedução. Sentados, descansando sobre suas raízes, os homens aprenderam a contar histórias. A figueira da Praça São Bento me disse que depois de uma delas dar descanso ao homem, cochichou-lhe a balança, a mãe de todas as invenções, depois eles foram inventar a roda, o foguete, a televisão... mas, de todas estas, a que mais ela gostou foi terem criado uma namoradeira sobre seus galhos. Foi daí que surgiram os bancos nos jardins, nas praças públicas...
De todas as árvores da avenida, a que mais converso é a desta postagem. Conheço-a há tanto tempo e até hoje não fizemos conta de nos apresentar pelo nome. Bastamos-nos por saber estar. As árvores nem sempre contam as coisas de pronto, geralmente é ao longo. Ao se avizinhar o outono, fico enamorado pela sua beleza. As flores se dão no alcance da perfeição. Nada será suficientemente perfeito se não alcançar a beleza. Pois esta árvore flore apenas a noroeste e a oeste, para o lado do por do sol. Até ao fim do seu outonal entardecer, o belo não se despede dos meus olhos. Ela se apresenta o mais linda possível até a chegada da noite invernal. Suas flores quando caem, caem como benção na terra. Intimamente a chamo de árvore crepuscular, um poema sinfônico de terra e céu.
Dá-se tão bela diante da proximidade do seu estado espectral... da inclemência sazonal... Toda sua energia está refluindo, concentrando-se nas raízes, enterrando-se como semente, ou de que outro modo ela teria folhas tenras para, em estado primaverio, voltar a trabalhar em fotossíntese. Já não trabalha, descansa ao fim da tarde. Em descanso ela se dedica à arte daquilo que é maior que ela: as flores, e que se dão antes da hora marcada, ao fim do seu dia luz, perto da entrada da noite arbórea.
Uma de suas flores caiu, cruzou a lente da minha câmera fotográfica e ficou na minha retina, salva por todo o sempre em meu espaço mental em movimento. Ainda ei de fotografar uma destas flores em queda livre do céu para a terra.
Jairo Ramos Toffanetto
Na cadência do samba - Waldir Calmon
Tempos românticos aqueles do cinema... Do noticiário nacional antes do filme, seguia-se o Canal 100 com reportagens do futebol brasileiro, e aberto pela eletrizante "Na cadência do samba", popularmente conhecida como "Que bonito é". Todos a ovacionavam em uníssono, mas rapidamente para poder ouvir a música, ver as imagens, ouvir. O sentimento de brasilidade era fortíssimo na década de sessenta, algo parecido com coração em festa, com samba, futebol, alegria, felicidade...
Vibrações - Jacob do Bandolim
Arthur Moreira Lima - piano, Joel Nascimento - bandolim, Zé da Velha - Trombone, Paulo Moura - clarinete, Zé Menezes - violão tenor, Raphael Rabello - violão 7 cordas, Heraldo Dumonte - violão 6 cordas, João Pedro Borges - violão 6 cordas, Luciana Rabello - cavaco, Inês Perdigão - cavaco, Jorginho Pandeiro
Jacob do Bandolim (Rio de Janeiro, 1918-1969) |
sábado, 17 de março de 2012
Homenagem à Cia. Canto Vivo
Hoje a Cia. Canto Vivo estará no Polytheama com "Os Miseráveis (Musical)" e comemorando seus vinte e cinco anos de muita arte e apuro musical. Como me comprometi com o pessoal de casa que no mesmo horário assistiríamos a peça "Muito Barulho por Nada" de Sheakspeare, e em homenagem à Cia. - em especial à regente Cláudia Queiroz -, e na certeza de uma grande espetáculo aos privilegiados que lá estiverem, deixo aqui uma crônica que escrevi em dois mil e dois quando eles comemoravam no Polytheama seus quinze anos de existência.
"Cia. Canto Vivo" e seus 15 anos de eternidade (Crônica publicada no Jornal de Jundiaí no dia 24/11/2002)
O artista é o criador de coisas belas. (Oscar Wilde)
"Mau egresso do XIV Encontro de Corais de Jundiaí, o Teatro Polytheama esteve novamente tomado pelo canto. Do Festival da doçura, que passou lavando a alma, vimo-nos agora, no domingo seguinte, diante do supra-sumo desta arte mais que feliz. A bela-arte subiu ao palco com a Cia Canto Vivo em seu "Concerto 15 anos". Ratificou, mais uma vez, sua maioridade precoce. Mostrou o seu horizonte perseguido, o já alcançado, e o modo como caminha em sua direção: a saltos qüânticos.
Foi assim que a história deste coral, hoje "Cia Canto Vivo", esteve contada e cantada, desde a sua criação até a sua singular projeção no meio cultural. Revelou, sem dizer, que, do ponto de vista da forma, o modelo de todas as artes é a do músico e, especialmente, músicos instrumentistas vocais. Também sobre aquele tablado, esteve a profissão de ator, o modelo de todas as artes do ponto de vista do sentimento, seguindo-se a arte poética que do ponto de vista da superfície e símbolo, ou gênese de toda atividade artística, modelo no alimentar e dar vida, por sensibilidade e imaginação, a conceitos, e, finalmente, esteve a dança no ponto de vista da expressão antecipada do vir-a-ser".
A junção destas multidisciplinas, independeu de atrativo e emoção, pois suas atuações estiveram centradas em contribuição à satisfação estética universal. Um casamento perfeito que, em sua beleza, favoreceu o juízo-de-gosto puro. Tratou-se de uma grande produção da "Cia. Canto Vivo", que soube elevá-la à maior perfeição e, assim, voar livre, em que pesem o rigor técnico-profissional, não aparente, apenas adivinhado, e também entre os participantes convidados e em aporte. Consagrou-se a direção artística e regência, e do mesmo modo passando pela regência cênica, roteiro, textos, projeto de iluminação e operação de luz, edição de vídeo, locução, programação visual e som.
Com o misto, não haveria critério para julgamento. A determinação formal da unidade composta pelos diversos, levou a "Cia. Canto Vivo" apresentar a harmonia na sua coesão de plurais, como medida de adição, de ganho da beleza, do aumento do prazer em felicidade. Deste modo, em seu Concerto de 15 anos, pôde começar apresentando a colorida Penny Lane dos Beatles, visualmente estampada na roupagem inicial do coral, e, depois de percorrer folclore, spiritual, música sacra, erudita e MPB, encerrar, no Segundo Ato, com o cênico One day more do musical "Les Misérables", e que esteve extraordinário.
De pé, a platéia pediu "bis", mas pelos critérios já discutidos, isso não seria possível, mesmo que fosse Onde day more. Ficou por conta da alma de cada um de nós, a reflexão sonora do canto apresentado com o valor da beleza, uma jóia por excelência, um canto vivo no coração, um coração com elemento do Universo Absoluto. Neste princípio, a consciência humana, através destes coralistas, alçou-se, em noite inesquecível, aos confins do cosmo.
Em tempo: sem se deixar transparecer, o rigor da técnica coral e a tudo que o espetáculo necessita, vem se constituindo no selo mais do que sutil da "Cia. Canto Vivo", garantindo a modulação da paixão artística, e que não limita ou aprisiona o coralista ou demais executantes, mas os libertam pela competência, e mais, o todo funde-se com a platéia, pois, esta, no seu amor pelo canto, pôde, exemplarmente, voar entre asas seguras, alcançando primeiro a sublimidade, depois a emoção com a qual ela se vincula, onde o critério de julgamento ultrapassa o juízo estético, ou melhor, está na linguagem do sentir-(se), ou coisa do coração. Em suma, a poética do prazer em expressão vocal, como concerto (leia-se harmonia), decodificou a doce melodia de onde viemos, descobrindo o que somos e, assim, norteando para onde vamos. Nem isso escapou ao texto do espetáculo como arte divinal.
Quem viveu o Polytheama desta noite não saiu do espetáculo. Encontramo-nos em canto vivo e, como tal, identificados universalmente como humanos, humanos consubstanciados da leveza do sutil, mostrando o "para que viemos". Estamos todos de parabéns. A "Cia. Canto Vivo" é um orgulho para nossa cidade, e um patrimônio da humanidade."
Jairo Ramos Toffanetto
"Cia. Canto Vivo" e seus 15 anos de eternidade (Crônica publicada no Jornal de Jundiaí no dia 24/11/2002)
O artista é o criador de coisas belas. (Oscar Wilde)
"Mau egresso do XIV Encontro de Corais de Jundiaí, o Teatro Polytheama esteve novamente tomado pelo canto. Do Festival da doçura, que passou lavando a alma, vimo-nos agora, no domingo seguinte, diante do supra-sumo desta arte mais que feliz. A bela-arte subiu ao palco com a Cia Canto Vivo em seu "Concerto 15 anos". Ratificou, mais uma vez, sua maioridade precoce. Mostrou o seu horizonte perseguido, o já alcançado, e o modo como caminha em sua direção: a saltos qüânticos.
Foi assim que a história deste coral, hoje "Cia Canto Vivo", esteve contada e cantada, desde a sua criação até a sua singular projeção no meio cultural. Revelou, sem dizer, que, do ponto de vista da forma, o modelo de todas as artes é a do músico e, especialmente, músicos instrumentistas vocais. Também sobre aquele tablado, esteve a profissão de ator, o modelo de todas as artes do ponto de vista do sentimento, seguindo-se a arte poética que do ponto de vista da superfície e símbolo, ou gênese de toda atividade artística, modelo no alimentar e dar vida, por sensibilidade e imaginação, a conceitos, e, finalmente, esteve a dança no ponto de vista da expressão antecipada do vir-a-ser".
A junção destas multidisciplinas, independeu de atrativo e emoção, pois suas atuações estiveram centradas em contribuição à satisfação estética universal. Um casamento perfeito que, em sua beleza, favoreceu o juízo-de-gosto puro. Tratou-se de uma grande produção da "Cia. Canto Vivo", que soube elevá-la à maior perfeição e, assim, voar livre, em que pesem o rigor técnico-profissional, não aparente, apenas adivinhado, e também entre os participantes convidados e em aporte. Consagrou-se a direção artística e regência, e do mesmo modo passando pela regência cênica, roteiro, textos, projeto de iluminação e operação de luz, edição de vídeo, locução, programação visual e som.
Com o misto, não haveria critério para julgamento. A determinação formal da unidade composta pelos diversos, levou a "Cia. Canto Vivo" apresentar a harmonia na sua coesão de plurais, como medida de adição, de ganho da beleza, do aumento do prazer em felicidade. Deste modo, em seu Concerto de 15 anos, pôde começar apresentando a colorida Penny Lane dos Beatles, visualmente estampada na roupagem inicial do coral, e, depois de percorrer folclore, spiritual, música sacra, erudita e MPB, encerrar, no Segundo Ato, com o cênico One day more do musical "Les Misérables", e que esteve extraordinário.
De pé, a platéia pediu "bis", mas pelos critérios já discutidos, isso não seria possível, mesmo que fosse Onde day more. Ficou por conta da alma de cada um de nós, a reflexão sonora do canto apresentado com o valor da beleza, uma jóia por excelência, um canto vivo no coração, um coração com elemento do Universo Absoluto. Neste princípio, a consciência humana, através destes coralistas, alçou-se, em noite inesquecível, aos confins do cosmo.
Em tempo: sem se deixar transparecer, o rigor da técnica coral e a tudo que o espetáculo necessita, vem se constituindo no selo mais do que sutil da "Cia. Canto Vivo", garantindo a modulação da paixão artística, e que não limita ou aprisiona o coralista ou demais executantes, mas os libertam pela competência, e mais, o todo funde-se com a platéia, pois, esta, no seu amor pelo canto, pôde, exemplarmente, voar entre asas seguras, alcançando primeiro a sublimidade, depois a emoção com a qual ela se vincula, onde o critério de julgamento ultrapassa o juízo estético, ou melhor, está na linguagem do sentir-(se), ou coisa do coração. Em suma, a poética do prazer em expressão vocal, como concerto (leia-se harmonia), decodificou a doce melodia de onde viemos, descobrindo o que somos e, assim, norteando para onde vamos. Nem isso escapou ao texto do espetáculo como arte divinal.
Quem viveu o Polytheama desta noite não saiu do espetáculo. Encontramo-nos em canto vivo e, como tal, identificados universalmente como humanos, humanos consubstanciados da leveza do sutil, mostrando o "para que viemos". Estamos todos de parabéns. A "Cia. Canto Vivo" é um orgulho para nossa cidade, e um patrimônio da humanidade."
Jairo Ramos Toffanetto
sexta-feira, 16 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
Encontrando um sentido para a vida
"Calma aí que trânsito não é concorrência,
é convivência."
(Cezário)
Como num filme de ficção, as cenas das ruas da cidade são pacíficas. Tudo parece tranqüilo quando, de repente, uma chispa e tudo desanda pro lado bestial. De repente ouve-se gritos, gente mostrando o dedo do meio pros outros, pneus cantam, velocidade, perseguição e pronto tudo pode acabar em tragédia, em matéria de sangue para os jornais e, pior, quase sempre atingindo pessoas inocentes.
Paciência, compreenção, magnanimidade para dar espaço a quem precisa, e muita, muita prudência. Mas isto é para aqueles que tem um objetivo maior que o das suas verdades pessoais sem juízo de valor. Viver sem encontrar significado para a vida é mais parecido com morrer. Aqueles que aprendem encontrá-lo são diferentes, agem com conduta filosófica. Sem esta conduta as pessoas andam às cegas, pulam de um momento para o outro e nunca encontram o sentido. Quebrar a cabeça para aprender é doloroso demais.
Jairo Ramos Toffanetto
Trupe Chá de Boldo - Bárbaro (Clip)
Uma gente esperta (viva) e musicalmente criativa
compõe a digestiva e desopilante Trupe Chá de Boldo.
Outra postagem com Chá de Boldo:
quarta-feira, 14 de março de 2012
terça-feira, 13 de março de 2012
Um caso de amor à primeira vista
Fui com a Regina buscar sua encomenda na "Mais Leitura - Livraria". Rubem Alves, na certa!!! daí o fato de eu nem lhe perguntar sobre.
Esperava-a no carro quando gotejões de chuva começaram cair. Aproximei-o da livraria para que a Regina não se molhasse ao sair. Ocorreu-me esquadrinhar o frontispício da livraria com a máquina fotográfica. Assim que lhe apontei a câmera, descobri que eu estava diante de um ângulo incomum, quer dizer, se eu fosse lá só para fotografar o local talvez não chegasse a este foco em especial. A foto era um pedido da Regina ainda pendente comigo, e para o meu Blog. Ela gosta do ambiente da livraria e das amigas Marici e Marilene Thomazi, proprietárias. Enfim, os respingos da chuva no pára-brisa me deram a certeza que aquele era o local, a hora e o ângulo idealmente fotografado. Ei-lo:
Mais Leitura - L I V R A R I A Rua Monteiro Lobato, 270 - Vila Argos Tel (11) 4816-7738 - Jundiaí - SP duemath@hotmail.com |
VALE A PENA CONHECER
Vale a pena conhecer a obra de Rubem Alves. As mais leves, sábias e humanizantes crônicas da literatura mundial. Ler Rubem Alves é um caso de amor à primeira vista. Seus livros fazem um bem danado pro coração.
"Cantos do Pássaro Encantado" - Sobre o nascimento, a morte e a ressurreição do amor"
VERUS Editora
Vale a pena conhecer a obra de Rubem Alves. As mais leves, sábias e humanizantes crônicas da literatura mundial. Ler Rubem Alves é um caso de amor à primeira vista. Seus livros fazem um bem danado pro coração.
"Cantos do Pássaro Encantado" - Sobre o nascimento, a morte e a ressurreição do amor"
VERUS Editora
É preciso gostar de si mesmo pra amar a vida
Imagem extraída da Internet |
Quem tem medo da vida não gosta de quem vive a colorir de entusiasmo cada momento vivido, não gosta da alegria, da vibração da paz e desconfia da felicidade. Detesta caixa de lápis de cor, tem medo do arco-íris, dói-lhe o canto dos pássaros, imola-se como o sorrir da vida e com a harmonia na vida dos outros. Vivem de braços cruzados à frente do peito como a defenderem seu eu. Sofre, sofre... e ainda quer ser abanada. Deixar uma pessoa desta entrar em seu meio é abrir a porta pra mil diabos.
É preciso gostar de si mesmo para amar a vida e então participar do grande milagre da existência.
Jairo Ramos Toffanetto
segunda-feira, 12 de março de 2012
Vissarion Yakovlevich Chebalin - Symphony No. 1 (1925)
Chebalin foi um dos compositores mais cultos e eruditos de sua geração. Foi vítima do expugo de artistas em 1948 e caiu no esquecimento.
Vissarion Yakovlevich Chebalin - em russo: Виссарион Яковлевич Шебалин) - nasceu em Omsk na Rússia (1902-1963)
Pitanga em Pé de Amora - Choro (Bate Boca) - Clipe
Pitanga Pé de Amora é música popular brasileira de alta qualidade.
Veja-os em apresentação ao vivo:
Serra do Japi e Aziz Ab Saber
Em comemoração aos 29 anos de tombamento da Serra do Japi que ocorreu no dia 8 de março de 1983, a TVE entrevistou AZIZ AB SABER o principal personagem dessa história.
Clique aqui: http://youtu.be/uRn3qGreSmU
ou pelo site www.tvejundiai.com.br
Saiba mais sobre Aziz Ab Saber:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aziz_Ab'Saber
Nota: A TVE informa que participam do programa Aziz Ab´Saber, Professor Emérito da USP; João Vasconcelos Neto, Professor do Instituto de Biologia da Unicamp, os Guardas Municipais, Inspetor Soares e Subinspetor Gimenes, Renata Freire, Diretora de Meio Ambiente de Jundiaí, Antônio Mendes Pereira, Pres. do Conselho Gestor da Serra do Japi entre outros.
Imagem extraída da Internet |
domingo, 11 de março de 2012
Chico Buarque de Hollanda "Olê Olá" - "Com açúcar, com afeto" (Ele e a Nara) e " A Rita"
Todas as composições são do Chico, e de um mesmo álbum (Chico Buarque de Hollanda) de 1966, aos 22 anos de idade:
Não chore ainda não, que eu tenho um violão
E nós vamos cantar
Felicidade aqui pode passar e ouvir
E se ela for de samba há de querer ficar
Seu padre toca o sino que é pra todo mundo saber
Que a noite é criança, que o samba é menino
Que a dor é tão velha que pode morrer
Olê, olê, olê, olá
Tem samba de sobra, quem sabe sambar
Que entre na roda, que mostre o gingado
Mas muito cuidado, não vale chorar
Não chore ainda não, que eu tenho uma razão
Pra você não chorar
Amiga, me perdoa, se eu insisto à toa
Mas a vida é boa para quem cantar
Meu pinho, toca forte que é pra todo mundo acordar
Não fale da vida, nem fale da morte
Tem dó da menina, não deixa chorar
Olê, olê, olê, olá
Tem samba de sobra, quem sabe sambar
Que entre na roda, que mostre o gingado
Mas muito cuidado, não vale chorar
Não chore ainda não, que eu tenho a impressão
Que o samba vem aí
É um samba tão imenso que eu às vezes penso
Que o próprio tempo vai parar pra ouvir
Luar, espere um pouco, que é pra o meu samba poder chegar
Eu sei que o violão está fraco, está rouco
Mas a minha voz não cansou de chamar
Olê, olê, olê, olá
Tem samba de sobra, ninguém quer sambar
Não há mais quem cante, nem há mais lugar
O sol chegou antes do samba chegar
Quem passa nem liga, já vai trabalhar
E você, minha amiga, já pode chorar
sábado, 10 de março de 2012
Johnny Guitar Watson Live 1980
Conheci Johnny "Guitar" Watson (1935 - 1996) - guitarrista, cantor e compositor norte-americano - através de suas memoráveis participações nos discos de Frank Zappa and The Mothers Invention: One Size Fitz all em "San Ber'dino" e "Andy", e no Then Or Us em "In France".
A luz vem da expansão da energia
Abertos para o novo geramos movimento e com ele nos expandimos. Quem vive em expansão contagia, modifica o meio. O novo é cheio de energia em fresquidão com a qual nos renovamos. Tem a força da germinação. Potência de broto tenro a furar o chão que o cobre. Só cresce quem se fortalece no caminhar para a luz. .
O mais velho entre nós, se não estagnado e a cheirar gases mefíticos, é o que mais se reformulou e, por isso mesmo, o mais remoçado, o mais moço entre nós. Parar de crescer, de reformular(-se), é envelhecer. Envelhecer é caminhar com sombra da morte. A sombra do velho remoçado é branquinha branquinha, da cor da alma. Quem parte cheirando mofo fica guardado até que ele se ponha em movimento, até que tire o pó dos tempos.
Quem caminha livremente não carrega o peso de si mesmo e pode voar para horizontes novos. Quem busca o novo salta do puleiro e se junta a outros em pleno vôo, descobre o caminho dos ventos e não carrega o pó da escuridão insalubre. Briga com gaivotas famintas e nada lhe falta. Com os pés no chão descança nas nuvens, busca o néctar para se assentar à mesa da Bondade Maior e beber na mesma taça das criaturas de luz. Todo o resto é só surreal.
Jairo Ramos Toffanetto
O mais velho entre nós, se não estagnado e a cheirar gases mefíticos, é o que mais se reformulou e, por isso mesmo, o mais remoçado, o mais moço entre nós. Parar de crescer, de reformular(-se), é envelhecer. Envelhecer é caminhar com sombra da morte. A sombra do velho remoçado é branquinha branquinha, da cor da alma. Quem parte cheirando mofo fica guardado até que ele se ponha em movimento, até que tire o pó dos tempos.
Quem caminha livremente não carrega o peso de si mesmo e pode voar para horizontes novos. Quem busca o novo salta do puleiro e se junta a outros em pleno vôo, descobre o caminho dos ventos e não carrega o pó da escuridão insalubre. Briga com gaivotas famintas e nada lhe falta. Com os pés no chão descança nas nuvens, busca o néctar para se assentar à mesa da Bondade Maior e beber na mesma taça das criaturas de luz. Todo o resto é só surreal.
Jairo Ramos Toffanetto
Assinar:
Postagens (Atom)