FotoJRToffanetto no Bairro da Ponte São João
- É muita cachorrada da sua parte
trazer seu cãozinho pra fazer cocô na frente do portão da minha casa.
O “homenzinho” do tamanho de um guarda-roupas
fez uma cara de cachorro sem dono. Tentando recompor-se, olhou pra mim com ar de
desentendido dizendo:
- Com quem o senhor você está falando?
É hilário como hoje em dia todo mundo
se porta no chamado “politicamente correto”. A estampa de gente fina e educada deixa-os
acima da indecência e até do respeito próprio, sugestionando quem o aborda como
inconveniente, dado a “gafes”. Respondi-lhe:
- Totó, fala pro seu dono limpar a
cáca.
Aí o “homenzinho” se agigantou:
- Você é muito malcriado.
- Malcriado? Meu pai e minha mãe me
deram educação de gente, não de cachorro.
- Você quer m levar porrada?
- Não, só quero que você cate os
charutos do totó. A propósito, como um cisco de cachorro desses consegue cagar
uma enormidade destas?
. . .
Ficção à parte, de tudo já aconteceu na calça da minha casa,
pois ao lado há uma clínica veterinária para cães dos piores donos de animais
da cidade. Não faz muito tempo, disse pra dona de uma cadelinha que mijava em
frente ao portão de casa:
- Pôxa, dona, é aqui que a senhora vem trazer sua cadela
para se desapertar, é?
Pois a mulher que saíra de um carrão branco, importado, me
mostrou o dedo do meio.
Disse para ela:
- Credo, é pra isto que a senhora usa o dedo do meio? Que
nooojo.
Esta história não foi ficção, e ela ainda me ameaçou trazer
o marido para que eu lhe dizer aquilo na cara dele.
- E porque, nãão! exclamei eu.
- Seu ma-leducado. Vou dar queixa na polícia.
- Faça o que bem entender, mas não traga mais a sua
cadelinha pra emporcalhar a frente da minha casa.
Jairo Ramos Toffanetto
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