O poeta tem uma cigarra dentro do peito. Para aquela cigarra o verão é permanente. |
"Se assim é para a cigarra, também o será para o poeta, do contrário, todos nós não o seríamos. Às vezes a cigarra vai embora, e quando, poeta é aquele que ao vê-la (sentir) do lado de fora a tem novamente dentro, e vice-versa/versar (universar)." Foi o que escrevi quando a Regina achou um rascunho escrito a lápis num quadradinho de papel e o colocou junto a mim, ao lado do "note".
O texto escrito na imagem acima é como um haicai, ou pelo que entendo como haicai, isto é, quando nele, enquanto composição, nada mais cabe e para que todas as possíveis imagens possam ser sentidas por aqueles que com ele entrem em contato.
Talvez seja por isto que não me ocorreu escrever outro. Enfim, somos a Poesia, a Poesia Maior. Um dia estes lampejos se tornarão um sol. Deixaremos o eclipse se... dele, já agora, por conduta filosófica, procuramos sair para a Luz. Se nele, já agora, a cigarra vem cantar dentro.
JRToffanetto
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