domingo, 14 de setembro de 2014

Pássaro Mavioso





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Pássaro mavioso


Ele não diz nada aos ouvidos, canta dentro.

Quanto mais alto voa, mais pisa ao chão da Terra. 

Corações de sol e lua é seu pouso. Canta o que há nele:
silêncio, segredo, compreensão, Paz cheia de céu, 
moto-perpétuo.
 
É a brisa que te toca, raios luminosos que te cobre,
fogo que arde, toco que queima. 

Ele atravessa o assobio do vento para compor o hino da Paz.

Está na linha do horizonte e no fim do novelo.

Faz a emenda de céu e terra na palma de nossas mãos. 

Se mergulha em caldos profundos
é pelas aves que neles caem revestidas por escamas.

Solitário como é, costuma voar em bando. 
Constelações de  estrelas os seguem.

Por que conhece o caminho das pedras, não segue a rota dos ventos.
É filho do sopro primordial e afilhado da brisa azul.

Ele é o eterno presente. 

JRToffanetto

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