Quando o Cornélius, vocalista da banda anunciou sua saída da banda, eu pensei que tinha chegado ao fim a maior banda de rock do mundo, e isto foi logo depois de eu tê-los visto num mega show no ginásio do Corinthians, onde se apresentou nada menos o Top do rock nacional: Terço, Mutantes, Sindicato do Rock e Som Nosso de cada dia. Aquela noite foi memorável, mas era o Made, e na figura do Cornélius que não me saia da cabeça. Primeiro porque a banda tocava e o Cornélius se demorava para entrar no palco, e o ginásio inteiro gritava o nome dele, e quando ele finalmente entrou, foi recebido com uma chuva de bolotas de papel, bonés, até latinha atiraram nele. Ele pegou uma latinha e foi na beira do palco, junto da platéia, não disse nada, só fez um gesto contra a platéia soltando um som vocal de uma dura danada. O som parou, silêncio absoluto, ninguém se mexia. Nas costas ele esccontia um botão de rosas, beijou-o e jogou-o para a platéia, e todo mundo, em uníssono, respondeu-lhe com um oh. A partir daí, meu amigo... mandaram um som da pesada, inesquecível. Cornélius era eletrizante (vejam-no na postantre anterior), e creio que este era o modo que ele gostava de entrar no palco, e seus fãs também. Havia uma cumpliicidade entre eles.
Enfim, entrou um novo vocalista na banda, o Percy. Bem, as pedras não deixaram de rolar, ou pelo menos até o primeiro álbum. "O cigano", aqui postado, é um retrato fiel, quase um hino àquela geração rockn'roll.
Jairo Ramos Toffanetto
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