É preciso espaço vazio para a Poesia passar
e seguir seu caminho até os confins do cosmo.
Jairo R. Toffanetto
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Vivemos num Simba Safari
Sentado à espera de atendimento ouço uma funcionária do local cantoralando "Porque a girafa estica o pescoço?"
Pensei:
a girafa estica o pescoço para aquilo que mais lhe apetece: folhas tenras.
Dá pra imaginar se partes do corpo humano se esticasse pelo que mais lhe apetece? Daria para saber das pessoas pelo crescimento desmensurado das partes onde elas põe mais atenção. Conheceríamo-las pelo traçado físico.
Um físico, p.ex., teria um crânio tão exageradamente grande que para se manter ereto teria que andar com um balão de oxigênio guindando a cabeça. Muita gente teria um rabo tão grande que precisariam de uma carretinha para o puxar. Os invejosos andariam de olhos vendados como tratamento contra a obesidade ocular. Os fofoqueiros que vivem botando o bico na vida dos outros, logo logo estariam cacarejando como galinhas. Esporões cresceriam nos tornozelos dos valentões, dos altercadores, dos beligerantes, e outros seriam contemplados com grandes focinhos.
Por falar em feições de bicho, não faltariam caras de serpente, de fuinha, de chupinha, de ratos... e no meio de tanta bicharada deste singular habitat, fica fácil verificar a explosão demográfica de camaleões e caras de pau. Pelos quatro cantos do planeta a fauna abunda a sociedade em que vivemos.
Enfim. para o que você estica o pescoço?
Jairo Ramos Toffanetto
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
O sonho de Svetlana
Desde pequena Svetlana só tinha conhecido uma paixão: dançar e sonhar em ser uma Gran Ballerina do Ballet Bolshoi. Seus pais haviam desistido de lhe exigir empenho em qualquer outra atividade. Os rapazes já haviam se resignado: o coração de Svetlana tinha lugar para somente uma paixão e tudo mais era sacrificado pelo dia em que se tornaria bailarina do Bolshoi.
Um dia, Svetlana teve sua grande chance. Conseguira uma audiência com Sergei Davidovitch, Ballet Master do Bolshoi, que estava selecionando aspirantes para a Companhia. Dançou como se fosse seu último dia na Terra. Colocou tudo que sentia e que aprendera em cada movimento, como se uma vida inteira pudesse ser contada em um único compasso. Ao final, aproximou-se do Master e lhe perguntou:
“Então, o senhor acha que eu posso me tornar uma Gran Ballerina?” Na longa viagem de volta a sua aldeia, Svetlana, em meio às lágrimas, imaginou que nunca mais aquele “Não” deixaria de reverberar em sua mente.
“Então, o senhor acha que eu posso me tornar uma Gran Ballerina?” Na longa viagem de volta a sua aldeia, Svetlana, em meio às lágrimas, imaginou que nunca mais aquele “Não” deixaria de reverberar em sua mente.
Meses se passaram até que pudesse novamente calçar uma sapatilha. Ou fazer seu alongamento em frente ao espelho. Dez anos mais tarde Svetlana, já uma estimada professora de ballet, criou coragem de ir à performance anual do Bolshoi em sua região. Sentou-se bem à frente e notou que o Sr. Davidovitch ainda era o Ballet Master. Após o concerto, aproximou-se do cavalheiro e lhe contou o quanto ela queria ter sido bailarina do Bolshoi e quanto doera, anos atrás, ouvir-lhe dizer que não seria capaz.
“Mas minha filha, eu digo isso a todas as aspirantes”, respondeu o Sr. Davidovitch. “Como o senhor poderia cometer uma injustiça dessas? Eu dediquei toda minha vida! Todos diziam que eu tinha o dom. Eu poderia ter sido uma Gran Ballerina se não fosse o descaso com que o senhor me avaliou!” Havia solidariedade e compreensão na voz do Master, mas ele não hesitou ao responder: “Perdoe-me, minha filha, mas se você foi capaz de abandonar seu sonho pela opinião de outra pessoas, nunca poderia ter sido grande o suficiente.
Ela desistiu do seu sonho cedo demais
Se você tem um sonho vá em busca dele não importa os nãos que a vida lhe der, seja persistente, não desista fácil de algo que você acredita.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Serra do Japi - O terreno baldio da cidade ou... "Notícias de um mundo bem pior"
Depois do "Tombamento Ecológico e Paisagístico" da Serra do Japi (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - CONDEPHAAT, 1983), em 1992 a Unesco declarou os 354 quilômetros quadrados dessa área como reserva da biosfera. Para garantir a preservação desse patrimônio, a Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente implantou um programa de visitas monitoradas. Por isso, antes de reunir a família e os amigos para esse passeio, agende a visita pelo telefone (11) 4589-8560.
Mas tudo isto prá que serve? O que era para ser "O Jardim da Cidade" continua sendo um terreno baldio exposto à sanha dos aproveitadores de ocasião, dos incêndios propositados, de refúgio de bandidos e assim por diante. As leis, cada vez mais severas, apenas mostram que o descalabro é grande:
Nota (1): A lei municipal 417/2004 é mais rigorosa que a lei estadual, que determinou o tombamento da área em 1983. Enquanto a resolução estadual garante a preservação de 91 km² da área da Serra do Japi no município de Jundiaí, a zona de preservação estabelecida pela prefeitura é de 115 km². Fotos da Mata Atlântica da Serra do Japi de hoje e de 15 anos comprovam que a mata atualmente está mais preservada do que no passado.
Nota (2): O prefeito Miguel Haddad proibiu na Prefeitura todo e qualquer empreendimento na Serra do Japi. Nos próximos dias, o prefeito encaminha projeto de lei à Câmara Municipal, congelando qualquer loteamento, hotel ou outro empreendimento na Serra.
Nota (3):A preservação da Serra faz parte da discussão do Plano Diretor da cidade, que já teve 22 audiências públicas durante todo o ano de 2011. A próxima ação será um fórum para discutir exclusivamente a Serra do Japi, previsto para ocorrer em março.
Jairo Ramos Toffanetto
Jacques Offenbach: "Orphée aux Enfers"
Depois do grande sucesso de Offenbach, o cancã já era Paris, como a valsa era Viena e como o samba viria a ser o Rio de Janeiro.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
J. S. Bach - Concerto de Brandenburgo Numero 1 BW 1046 PART 1
O belo mais que belo.
Quando a Regina e eu nos casamos,, dos discos que ela trouxe pra nossa casa estava o Concerto de Bradenburgo. Amei-o à primeira audição e até hoje sou cativo desta beleza que atravessa os sentidos e alcança a alma. Gosto mesmo da emoção que me passa o registro sonoro em estúdio, do nosso disco em vinil, mas ao encontrar o "Alegro" com Glenn Gould não opus resistência a este registro histórico, mas para quem ainda não conhece este concerto, vale a pena sentir a reprodução em estúdio. Olha, se a Regina e eu pudéssemos, tomaríamos um avião para estar presente em alguma apresentação ao vivo que pudesse estar havendo em alguma parte do mundo. Mas a Regina e eu esperamos por ele no Teatro Municipal de São Paulo.
Cidade de Brandenburgo - Alemanha
Egberto Gismonti e Naná Vasconcelos - Dança das Cabeças
Uma entrada pela p(a)orta do Brasil
e por capilares sutis.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Chama Violeta - A NASA ESTÁ INTRIGADA
Chama Violeta se materializa no centro da nossa galáxia |
A Nationao Geografic recentemente divulgou esta foto da Via Láctea. Os cientistas não sabem explicar a aparição desta chama violeta no eixo vertical da nossa galáxia, pois ela nunca apareceu em fotos anteriores. A NASA está intrigada.
Enfim, como tudo tem uma razão de ser e estar...
Jairo Ramos Toffanetto
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Maria, Carnaval e Cinzas - Roberto Carlos no Festival da Record (1967)
O maior retrato da "quarta-feira-de-cinzas" já composto.
Jovem Guarda por não o aceitar cantando um samba.
Vanderléia, Roberto e Erasmo |
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Quem vive só de milho pra bico ficará sem futuro e auto se condenando à extinção.
Descendo a R. Baronesa do Japi fui surpreendido com grande número de pombos vindos em sentido contrário e dominando o espaço aéreo sobre aquela rua. Creio que uma cena semelhante a esta ou como a da foto abaixo abriu a idéia da escritora britânica Daphne Du Maurier para criar o conto "Os pássaros" e Sir Alfred Hitchcock trazê-lo para as telas do cinema (The Birds, de 1963). Pela inovação em efeitos especiais ele ganhou o Oscar mas, seja dito: tais efeitos foram potencializados pela igual inovação em trilha sonora.
Enfim, fiquei em vão por hora e meia com a máquina fotográfica à mão esperando novo sobrevôo de pássaros no trecho de céu sobre minha cabeça. Num calor escaldante de tarde de verão, observei que os pombos vinham do sentido da Ponte Torta e outros da Pça. da Bandeira e, aos poucos, iam agrupando-se sobre a fiação elétrica entre os postes daquela rua.
Eu estava sob a árvore que na foto de Fábio Barros aparece á direita. |
Como eu já tinha visto, tanto na praça em frente à Ponte quanto na Pça. da Bandeira, um personagem folclórico da cidade atirando milho aos pombos - senhorzinho de meia idade, franzino e de longos cabelos brancos amarrados com elástico à altura da nuca - ficou fácil de saber o que estava acontecendo em frente da Casa de Saúde. Talvez por desconhecer esta nova praça de alimentação e pelo impácto do vôo deles cobrindo o céu é que me causou tanta admiração.
Imagem extraída da Internet |
Ali postado, pensei nestas aves columbiformes vivendo de vôos curtos atrás de migalhas e também tirando a alimentação de muitos passarinhos, enquanto seus descendentes, os pombos correios, p.ex., podem voar mais de quinhentos quilômetros por dia à velocidade de 50 km/h. Mais tarde, pesquisando, descobri que cinqüenta e sete doenças foram catalogadas como transmitidas por estes pombos-domésticos, tais como: histoplasmose, salmonella, e criptococose. e que também são vítimas de habituais de viroses e outras moléstias, assim como hospedeiros de parasitas em sua plumagem. Daí o fato de serem chamados de "ratos de asas".
Voltei-me para a espécie humana. De algum modo, muitos de nós, assim como tais aves, deixam-se cevar pelo ambiente que atende suas necessidades primárias, e neles crescem e engordam. Vivem empuleirados em torno do repasto e voando de um pudim para outro sem conhecerem sua força ou plenitude de vôo. Em que pese tantas outras aves em pleno uso de suas possibilidades, a socidade humana iria melhor das pernas e asas se parasse de atirar milho para seus parasitas sociais, os egocentristas patológicos, os sóciopatas, essa gente enganosa, de má fé. Aos desamparados, porque não os ensinarmos plantar milho. Milho, melância e tantos outras sementes germinam em qualquer terreno em que as atire, e que poderá gerar tantas outras atividades derivantes e lucrativas.
Jairo Ramos Toffanetto
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Carnaval, samba nos pés, baterias e batucadas (Rio de Janeiro - Mocidade e Mangueira)
Samba nos pés de um menino infernal. A alma do nosso povo toma conta das ruas centrais de todas as cidades do nosso país. O entusiasmo e alegria de ser e estar. Brilho à flor da pele.
É preciso estar lá para se deixar ao som que atravessa a medula dos ossos. Uma festa de força rítmica cultural, o resto é confete, plumas e paetês saltando como a serpentina.
Guerra Peixe ("Mourão" com a Orquestra Sinfônica de Itabaiana e "A Retirada de Laguna" com Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC)
Cézar Guerra Peixe (1914-1993)
Filho de imigrantes portugueses de origem cigana, aos 9 anos já tocava violão, bandolim, violino e piano. Viajava muito com a família pelo interior do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, assistindo freqüentemente a grupos folclóricos, o que marcou muito sua infância.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Máscara Negra (Zé Kéti e Pereira Matos )
As marchinhas de carnaval são de um tempo onde as melodias eram perfeitamente assobiadas ou cantaroladas em qualquer lugar ou ambiente.
Máscara Negra - Composição: Zé Kéti e Pereira Matos - Interpretação: Zé Kéti - Marcha rancho composta para o carnaval de 1967 e gravada pelo próprio Zé Keti e também por Dalva de Oliveira.
Máscara Negra
Quanto riso! Oh! quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão.
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão.
Foi bom te ver outra vez,
Está fazendo um ano,
Foi no carnaval que passou.
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor.
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade.
Vou beijar-te agora,
Não me leve a mal:
Hoje é carnaval.
Mais de mil palhaços no salão.
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão.
Foi bom te ver outra vez,
Está fazendo um ano,
Foi no carnaval que passou.
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor.
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade.
Vou beijar-te agora,
Não me leve a mal:
Hoje é carnaval.
Pé de Jaca
O que sabemos do mundo das folhas, das árvores, flores e frutos,
o que a biologia nos diz?
´Pé de Jaca na Pça da Igreja Imaculada Conceição (Vila Arens - Jundiaí-SP) |
Depois de fotografar esta jaqueira, fui me informar sobre ela. Do nome científico, p.ex., não me lembro, mas gostei de saber que ela é originária da Índia e que hoje é encontrada por todos os países tropicais do mundo, e que em certas regiões do agreste brasileiro ela é a principal fonte de alimentação. Quer dizer, gravei o que, com cores da vida, imprimiu-se em meus sentimentos. O que se grava através dos sentimentos não se esquece jamais.
Alguém disse que pelos frutos se conhece a árvores. Isto também ficou gravado em mim porque aprendi através de uma analogia com o ser humano.
Pois bem, quem corta ou envenena uma árvore é, por analogia, não uma árvore, mas alguém que nada sabe porque não evoluiu nada além da gavinha.
Já vi gente morrendo de amores pela laranjeira do seu quintal, mas que não exitou cortá-la rente ao chão e justificar seu crime dizendo que ela estava fazendo sombra sobre a janela da sala. Sorrindo com ares de "esperto" disse que o cimentão que faria ali o livraria do trabalho de juntar as folhas que caíam no quintal. No fundo, ele odiava a árvore a cada folha no chão. Creio que o hipócrita está mais pra fungo do tipo "orelha de pau" que pra gavinha.
Enfim, em recente postagem "Como matar uma árvore" (http://poemas-de-sol.blogspot.com/2012/01/como-matar-uma-arvore.html) estive denunciando este tipo de crueldade para com tais formas de vida, e aproveito a deixa para inserir mais fotos do que chamei de "Monumento da Crueldade Humana",
mas creio que fica melhor como "Monumento da Estupidez Humana"
Se a nossa sociedade fosse mais forte este caso já teria dado cadeia, mas se isto não ocorre é porque ALGUÉM JÁ TIROU UN$ FORA.
Subliminarmente, incentiva-se o envenenamento das árvores. Isto deve gerar uns trocos a mais nos bolsos de quem deveria estar fazendo valer a lei. São fantasmas ou mortos vivos que fazem do nosso país uma república de tantos bananas e uma cruel ficção de terror.
Jairo Ramos Toffanetto
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Mutantes - "Eu só penso em te ajudar" e "O Contrário de Nada é Nada"
Creio que o resto do mundo rockn'roll de hoje
não sabe o que é som alto astral.
Mutantes - "O Contrário de Nada é Nada" (Fantástico, 1974)
"Eu Só Penso Em Te Ajudar"
Mutantes
Estão dizendo que é pra competir
Mas eu só penso em te ajudar
Só quero uma vida em que a gente possa amar
Ah! Yeah, yeah amar a vida
Yeah, yeah amar o mundo
Estão dizendo que é p'ra eu te passar p'ra trás
Mas eu só penso em te abraçar
Não há nada na vida que faça eu parar de amar
Aahhh! Yeah, yeah amar a vida
Yeah, yeah amar o mundo
Hey garoto vê se não vai cair do buggy
Hey garoto que tal você tocando moggy
Hey garoto você dançando boogie woogie
Estão dizendo que é pra competir
Mas eu só penso em te ajudar
Só quero uma vida em que a gente possa amar
Ah! Yeah, yeah amar a vida
Yeah, yeah amar o mundo
Estão dizendo que é p'ra eu te passar p'ra trás
Mas eu só penso em te abraçar
Não há nada na vida que faça eu parar de amar
Aahhh! Yeah, yeah amar a vida
Yeah, yeah amar o mundo
Hey garoto vê se não vai cair do buggy
Hey garoto que tal você tocando moggy
Hey garoto você dançando boogie woogie
O Contrário de Nada É Nada
Os Mutantes
Muito tempo eu andei contra o vento
Mas agora é hora de mudar
Pois o contrário de nada é nada
E assim não se sai do lugar
Quando a cuca da gente se enrola
E se pergunta de que lado vai ficar
Eu sei que Deus está em todas as coisas
Mas contra não está
Se os gregos e troianos atacam
E seus pés já não tem onde pisar
E se você quiser saber onde eu fico é só me escutar
Rock'n'roll yeah! Rock'n'roll yeah!
Rock'n'roll yeah! Rock'n'roll yeah!
Quando a mente está em pleno silêncio
Não está nessa e muito menos naquela
É ai que você pode então escolher
Quem conhece bem o branco e o preto
Já viveu e já morreu no caminho
Está pronto para as cores do sol receber
Também neste blog:
Mutantes (Top Top e Rockn'roll City)
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2012/02/mutantes-top-top-e-rocknroll-city.html
Mutantes (Portugal de Navio)
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/07/os-mutantes-portugal-de-navio.html
Mutantes (Balado do Loco)
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/07/musica-do-arnaldo-o-do-documentario.html
Os Mutantes
Muito tempo eu andei contra o vento
Mas agora é hora de mudar
Pois o contrário de nada é nada
E assim não se sai do lugar
Quando a cuca da gente se enrola
E se pergunta de que lado vai ficar
Eu sei que Deus está em todas as coisas
Mas contra não está
Se os gregos e troianos atacam
E seus pés já não tem onde pisar
E se você quiser saber onde eu fico é só me escutar
Rock'n'roll yeah! Rock'n'roll yeah!
Rock'n'roll yeah! Rock'n'roll yeah!
Quando a mente está em pleno silêncio
Não está nessa e muito menos naquela
É ai que você pode então escolher
Quem conhece bem o branco e o preto
Já viveu e já morreu no caminho
Está pronto para as cores do sol receber
Também neste blog:
Mutantes (Top Top e Rockn'roll City)
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2012/02/mutantes-top-top-e-rocknroll-city.html
Mutantes (Portugal de Navio)
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/07/os-mutantes-portugal-de-navio.html
Mutantes (Balado do Loco)
http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/07/musica-do-arnaldo-o-do-documentario.html
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Chiquinha Gonzaga - "O Abre Alas" (marchinha de carnaval - 1939)
"O Abre Alas" é a primeira marchinha de carnaval que se conhece,
e composta por Chiquinha Gonzaga em 1899.
Intérprete: Jaime Brito
Crianças fantasiadas para o carnaval. |
Outra postagem com Chiquinha Gonzaga:
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Bruxa Morgana (entrevista com a atriz Rosi Campos)
‘É a personagem da minha vida’
Em cartaz com a peça “A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real”, em São Paulo, esta não é a primeira vez que a atriz Rosi Campos, 57 anos, interpreta a veterana bruxa de 6.000 anos em uma obra teatral.
Sucesso há 14 anos no programa “Castelo Rá-Tim-Bum” (TV Cultura), a artista vê com felicidade a popularidade atemporal da personagem e diz que a bruxa está no subconsciente de muitos adultos.
“É a personagem da minha vida. Morgana tem muita credibilidade, é divertida, e me faz dar autógrafos há 14 anos. Para mim, toda menina quer ser uma bruxa”, diz a atriz em entrevista ao “Yahoo! OMG”.
Rosi encena “A Saga da Bruxa Morgana” todos os sábados e domingos no “Teatro Raul Cortez”, em São Paulo, e abusa da arte de cantar. “Estarei mais cantora”, adianta. Aqui, ela fala sobre a fantástica personagem:
Veja na íntegra a entrevista com a Rosi Campos:
http://br.omg.yahoo.com/noticias/rosi-campos-fala-sobre-bruxa-morgana--%E2%80%98%C3%A9-a-personagem-da-minha-vida%E2%80%99.html
TEATRO RAUL CORTEZ
Rua Dr. Plínio Barreto 285 – Bela Vista
(11) 3254-1631 - Sábado e Domingo - 16h
Em cartaz com a peça “A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real”, em São Paulo, esta não é a primeira vez que a atriz Rosi Campos, 57 anos, interpreta a veterana bruxa de 6.000 anos em uma obra teatral.
Sucesso há 14 anos no programa “Castelo Rá-Tim-Bum” (TV Cultura), a artista vê com felicidade a popularidade atemporal da personagem e diz que a bruxa está no subconsciente de muitos adultos.
“É a personagem da minha vida. Morgana tem muita credibilidade, é divertida, e me faz dar autógrafos há 14 anos. Para mim, toda menina quer ser uma bruxa”, diz a atriz em entrevista ao “Yahoo! OMG”.
Rosi encena “A Saga da Bruxa Morgana” todos os sábados e domingos no “Teatro Raul Cortez”, em São Paulo, e abusa da arte de cantar. “Estarei mais cantora”, adianta. Aqui, ela fala sobre a fantástica personagem:
Veja na íntegra a entrevista com a Rosi Campos:
http://br.omg.yahoo.com/noticias/rosi-campos-fala-sobre-bruxa-morgana--%E2%80%98%C3%A9-a-personagem-da-minha-vida%E2%80%99.html
TEATRO RAUL CORTEZ
Rua Dr. Plínio Barreto 285 – Bela Vista
(11) 3254-1631 - Sábado e Domingo - 16h
Elizeth Cardoso - "As Pastorinhas" (Noel Rosa/Braguinha)
Marchinhas de carnaval
Composição de Noel Rosa e Braguinha (1936)
Outras marchinhas de carnaval:
Cidade Maravilhosa http://poemas-de-sol.blogspot.com/2012/02/cidade-maravilhosa-marchinha-de-carnava.htmlPierrot Apaixonado http://poemas-de-sol.blogspot.com/2012/02/classico-inesquecivel-do-carnaval-de.html
A Jardineira http://poemas-d%20e-sol.blogspot.com/2012/02/jardineira-marchinha-de-carnaval-com.html
Mamãe Eu Quero http://poemas-de-sol.blogspot.com/2012/02/mamae-eu-quero-com-carmem-miranda-e.html
O Teu Cabelo Não Negahttp://poemas-de-sol.blogspot.com/2012/02/marchinha-de-carnaval-o-teu-cabelo-nao.html
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Cidade Maravilhosa (Marchinha de Carnaval - gravação original) e Rio de Janeiro can win bid to host 2016 Olympics - ( Beautiful City )
Cidade Maravilhosa é uma marcha composta por André Filho para o Carnaval de 1935, em dupla com Aurora Miranda (irmã de Carmem Miranda), e que se tornou o hino oficial da Cidade do Rio de Janeiro. No desenho animado Você Já Foi à Bahia?, de 1944, Aurora "atuou" com o Pato Donald e seus amigos (Zé Carioca e Nestor), graças a uma montagem que misturou filme e desenho animado.
Zé Carioca |
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
TUPÃ, o mensageiro de Nhanderuvuçu
Nossos índios sempre tiveram a noção da existência de uma Força, de um Deus superior a todos. Para eles, o Deus da criação é o Deus da luz, e sua morada é o sol. Tupã não é a divindade, mas conotativo para o som do trovão (Tu-pá, Tu-pã ou Tu-pana, golpe/baque estrondante).
Antes mesmo da minha catequese aos sete anos de idade, um conceito de divindade já se havia marcado em meu eu, pois ouvira dizer que os índios chamavam de Tupã tudo o que o existia , desde a água que se bebia, o peixe que se comia, as flores que se via. Assim, pareceu-me estranho quando me pregaram que Deus tinha dois olhos enormes que via tudo o que a gente fazia. Lembro de ver os olhos assustados dos meus coleguinhas. Não via naqueles olhos os olhos de Tupã, e nos da catequicista, os olhos da bruxa malvada. À partir deste fato, eu não levava muito em conta o que me diziam a respeito de religião, mas gostava de ir com meu pai à missa, e aguardava o momento solene em que ele tirava um lenço branco do bolso para nele apoiar um dos joelhos no piso da igreja. Domingo após domingo eu observava que na igreja lotada, ele era o único a dobrar o corpo com apenas um dos joelhos. Outro motivo de atração para o "ir à missa" eram os cânticos e a solenidade dos rituais, o incenso, as cores das vestes mas, além do lenço branco do meu pai, outro momento aguardado por mim era a entrada da luz do sol através dos vitrais da igreja.
Pierre de Ronsard, poeta renascentista francês, escreveu sobre o sol "Luz de todos, olho do mundo. Se Deus tem olhos, os raios do sol são esses olhos radiosos que a todos dão vida..." Nos dois últimos versos "...sempre em repouso e sempre em ação. Filho mais velho da natureza, e pai do dia."
Para os indígenas, antes dos jesuítas os etnocidarem, Tupã representava um ato divino, era o sopro, a vida, e o homem a flauta em pé, que ganha a vida com o fluxo que por ele passa.
Jairo Ramos Toffanetto
Antes mesmo da minha catequese aos sete anos de idade, um conceito de divindade já se havia marcado em meu eu, pois ouvira dizer que os índios chamavam de Tupã tudo o que o existia , desde a água que se bebia, o peixe que se comia, as flores que se via. Assim, pareceu-me estranho quando me pregaram que Deus tinha dois olhos enormes que via tudo o que a gente fazia. Lembro de ver os olhos assustados dos meus coleguinhas. Não via naqueles olhos os olhos de Tupã, e nos da catequicista, os olhos da bruxa malvada. À partir deste fato, eu não levava muito em conta o que me diziam a respeito de religião, mas gostava de ir com meu pai à missa, e aguardava o momento solene em que ele tirava um lenço branco do bolso para nele apoiar um dos joelhos no piso da igreja. Domingo após domingo eu observava que na igreja lotada, ele era o único a dobrar o corpo com apenas um dos joelhos. Outro motivo de atração para o "ir à missa" eram os cânticos e a solenidade dos rituais, o incenso, as cores das vestes mas, além do lenço branco do meu pai, outro momento aguardado por mim era a entrada da luz do sol através dos vitrais da igreja.
Pierre de Ronsard, poeta renascentista francês, escreveu sobre o sol "Luz de todos, olho do mundo. Se Deus tem olhos, os raios do sol são esses olhos radiosos que a todos dão vida..." Nos dois últimos versos "...sempre em repouso e sempre em ação. Filho mais velho da natureza, e pai do dia."
Jairo Ramos Toffanetto
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Frases de Pitágoras
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
PIERROT APAIXONADO (Noel Rosa)
Clássico inesquecível do carnaval de 1936, também interpretado por Joel de Almeida ("o magrinho elétrico") e Gaúcho no filme "Alô, alô, carnaval", da Cinédia. Gravação Victor feita ainda no apagar das luzes de 1935, a 26 de dezembro (34012-A, matriz 80060), lançada um mês antes da folia de 36, janeiro. Ambos voltariam a gravá-la em 1962, no único LP que fizeram juntos.
Pierrot Apaixonado
Noel Rosa (1936)
Um pierrô apaixonado
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando
A colombina entrou num butiquim
Bebeu, bebeu, saiu assim, assim
Dizendo: pierrô cacete
Vai tomar sorvete com o arlequim
Um grande amor tem sempre um triste fim
Com o pierrô aconteceu assim
Levando esse grande chute
Foi tomar vermute com amendoim
Noel Rosa (1910-1937
Noel Rosa (1910-1937
A JARDINEIRA (Marchinha de Carnaval) com Orlando Silva
Quando "A Jardineira" despontou como uma das favoritas para o carnaval de 39, apareceram na imprensa reportagens contestando a autoria de Benedito Lacerda e Humberto Porto. Na verdade, "A Jardineira" é um antigo tema popular, originário da Bahia, que os dois adaptaram para lançar como ...(Link)
A JARDINEIRA
Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938
Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu
Vem jardineira vem meu amor
Não fiques triste que este mundo é todo seu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu
Orlando Silva, "o cantor das multidões" |
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Haicai Op. 507
MAMÃE EU QUERO (com Carmem Miranda) e Aurora (com Mário Lago)
Cena do filme americano "Down Argentine Way", com cenas passadas em diferentes paises, onde a brilhante cantora Carmen Miranda canta o conhecidíssimo single "Mamãe Eu Quero".
MAMÃE EU QUERO
Composição deJararaca-Vicente Paiva, 1936
Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebe não chorar
Dorme filhinho do meu coração
Pega a mamadeira e vem entrá pro meu cordão
Eu tenho uma irmã que se chama Ana
De piscar o olho já ficou sem a pestana
Olho as pequenas mas daquele jeito
Tenho muita pena não ser criança de peito
Eu tenho uma irmã que é fenomenal
Ela é da bossa e o marido é um boçal
AURORA
Composição de Mário Lago, 1940
Se você fosse sincera
Ô ô ô ô Aurora
Veja só que bom que era
Ô ô ô ô Aurora
Um lindo apartamento
Com porteiro e elevador
E ar refrigerado
Para os dias de calor
Madame antes do nome
Você teria agora
Ô ô ô ô Aurora
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
1) Telescópio Hubble capta galáxia mais brilhante descoberta até agora; 2) Sem espaço nada cabe; 3) Família da classe dos Cestóides
1) Nasa (agência espacial americana) informou que "esta observação proporciona uma oportunidade única para o estudo das propriedades físicas de uma galáxia que formava, de maneira vigorosa, estrelas quando o universo tinha apenas um terço de sua idade atual". Enquanto as galáxias mais próximas à Terra estão plenamente maduras e se aproximam do fim de sua história como criadouro de estrelas, as galáxias mais distantes proporcionam testemunho dos tempos de formação do universo.
Veja na íntegra a matéria no Yahoo:
http://br.noticias.yahoo.com/telesc%c3%b3pio-hubble-capta-gal%c3%a1xia-brilhante-descoberta-agora-211604374.html
2) O brilho das estrelas na mocidade do cosmo brilhando em nossos olhos... É tempo do não tempo, do espaço para além da ilimitada extensão tridimencional. Há luz em nossas profundidades ainda ocultas à espera de integração. Sem espaço nada cabe. A Grandiosidade está em nós desde a flor da pele. Na gota dágua está o oceano. As lentes do telescópio Hubble olham para dentro de nós. No micro está o macro e vice-versa.
3) Somos pura energia, fluído sideral, neurônios do Criador, mas parasitas intestinais querem alcançar a mente. Nosso planeta está com as tripas entupidas. Cuidado com o que entra pela boca para que você não acabe falando como uma tênia, um verme da classe dos Cestóides.
Jairo Ramos Toffanetto
Veja na íntegra a matéria no Yahoo:
http://br.noticias.yahoo.com/telesc%c3%b3pio-hubble-capta-gal%c3%a1xia-brilhante-descoberta-agora-211604374.html
2) O brilho das estrelas na mocidade do cosmo brilhando em nossos olhos... É tempo do não tempo, do espaço para além da ilimitada extensão tridimencional. Há luz em nossas profundidades ainda ocultas à espera de integração. Sem espaço nada cabe. A Grandiosidade está em nós desde a flor da pele. Na gota dágua está o oceano. As lentes do telescópio Hubble olham para dentro de nós. No micro está o macro e vice-versa.
3) Somos pura energia, fluído sideral, neurônios do Criador, mas parasitas intestinais querem alcançar a mente. Nosso planeta está com as tripas entupidas. Cuidado com o que entra pela boca para que você não acabe falando como uma tênia, um verme da classe dos Cestóides.
Jairo Ramos Toffanetto
"Só danço Samba" (Stan Getz e João Gilberto) vai vai vai vai vai
Composição de Tom Jobim e de Vinícius de Moraes.É a primeira composição de bossa nova que faz referência explícita ao ato de dançar. O registo abaixo é de 1963.
vai vai vai vai vai
Quem decola de um céu como o desta foto (da Internet) não levanta vôo.
Imagino uma sacada nos aeroportos onde passageiros aguardam o sol levante enquanto tomando café em mesinhas com cadeiras almofadadas. Os aviões só levantam vôo depois que o sol se ergue a dois dedos acima da linha do horizonte. Um dia será assim: em todos os aeroportos haverão sacadas para os horizontes leste e oeste, mas...
... os dias de hoje tem pressa. Dias, horas e minutos são esperados e contados, das calçadas para o ponto de ônibus, das ruas e avenidas às estradas e aeroportos, sempre em permanente agitação. Todo mundo correndo para tirar o pai da forca. Todos os demais sentidos para com a vida ficam linha abaixo, passados por cima. Os que caminham linha acima são depreciados como subjetivos, tidos como defeituosos, fora da linha de fabricação em massa.
Quem vive correndo gasta motor mais rápido. Correm correm para a morte. Acho que é por isto que quando são obrigados parar em fila reclamam de tudo. Quem vive para a morte reclama da vida. Enfim, expressam uma vida sem a leveza das manhãs cheias de vida. É preciso ter samba nos pés para caminhar dar o ritmo ao compasso da vida. Gosto de sambar com passos miudinhos. Coreografias é para grandes enredos na avenida, e só no carnaval.
Enfim, no passo do samba, o campo de visão do sambista é de trezentos e sessenta graus de ginga, de molejo na escadera. Nada acaba em "pitsa" (pizza), tudo dá samba, como no "Samba do Avião", um "Samba da Benção". Quando a mim:
Só danço samba
Só danço samba, vai
Só danço samba
Só danço samba...
VAI
Quem vive correndo gasta motor mais rápido. Correm correm para a morte. Acho que é por isto que quando são obrigados parar em fila reclamam de tudo. Quem vive para a morte reclama da vida. Enfim, expressam uma vida sem a leveza das manhãs cheias de vida. É preciso ter samba nos pés para caminhar dar o ritmo ao compasso da vida. Gosto de sambar com passos miudinhos. Coreografias é para grandes enredos na avenida, e só no carnaval.
Enfim, no passo do samba, o campo de visão do sambista é de trezentos e sessenta graus de ginga, de molejo na escadera. Nada acaba em "pitsa" (pizza), tudo dá samba, como no "Samba do Avião", um "Samba da Benção". Quando a mim:
Só danço samba
Só danço samba, vai
Só danço samba
Só danço samba...
VAI
Jairo Ramos Toffanetto
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Lua Bela ou... problemas técnicos.
A Lua cheia esteve estupenda neste noite de verão, especialmente bela.Sonhadora entre as nuvens aclareadas por ela. Evocadoramente poética a todos que olhassem para ela. Um fenômeno luminoso. Belíssima. As estrelas que nos espaços vazios compunham o belo, elevavam o sentimento de admiração para a eternidade. Não há como deixar de se ver e de se pulverizar ante a loganimidade da Criação.
Todos que viram despertar estes sentimentos podem se chamados de poetas. Segundo Vico, filólogo e filósofo renascentista, "poetas são aqueles que dão nome às coisas".
Desde o berço venho mostrando a Lua pors meus meninos, o Sol, as nuvens, o crepúsculo, e assim por diante.
Imagino um pai tirando a família do "Fantástico" (programa de televisão) e a chamando para ver a Lua.
- Venham ver a Lua, gente.
E com todo mundo se dirigindo para ele, alguém diria uma advetivação poérica::
- Ela está linda.
É possível que ninguém lhe respondesse. Então ele lhes instaria, assim:
- A Lua está um sonho. Corram pra ver. Não dá para perder.
Só o silêncio lhe responde.
- A Lua cheia, gente. Corram prá ver, insiste ele.
E uma vozinha miúda lhe responde lá de dentro.
- Pai, começou o BBB (Big Brother Brasil), não dá pra perder.
Isto é o fim do mundo e tem gente que ainda não acredita. Aliás, só acreditrarão se passar na televisão.
Ainda bem que em casa ninguém perde tempo com televisão, e posso dizer que aqui ela não passa, como nos tempos do meu velho e bom pai, de um simples eletrodoméstico. Serve mais pra jogo de futebol do que pra qualquer outra coisa. Aliás, como predisse na postagem da manhã de ontem, o "Periquito", de fato, fritou o "Peixe". Fora isso, a TV de casa quase nada mais pega, digamos que por problema técnicos.
A Regina me conta que o pai dela, entre oito e nove horas da noite, desligava a televisão dizendo pra todos:
- Ela já deu o que tinha que dar.
A televisão prende a atenção. O que prende não tem nada para dar. "É, mas ela distrai a gente", racionalizaria alguém. Distração é tirar a atração para o que realmente importa. Se nada importa, qualquer coisa pega. As pessoas estão sem um objetivo, as nações também. Os problemas se empilham e acabam em combustão expontânea. Aí elas ficam trabalhando no rescaldo, às vezes, pelo resto de suas vidas. Para estes, sugiro olharem para o céu. Não pensem em nada, apenas olhem para o céu.
Jairo Ramos Toffanetto
Todos que viram despertar estes sentimentos podem se chamados de poetas. Segundo Vico, filólogo e filósofo renascentista, "poetas são aqueles que dão nome às coisas".
Desde o berço venho mostrando a Lua pors meus meninos, o Sol, as nuvens, o crepúsculo, e assim por diante.
Imagino um pai tirando a família do "Fantástico" (programa de televisão) e a chamando para ver a Lua.
- Venham ver a Lua, gente.
E com todo mundo se dirigindo para ele, alguém diria uma advetivação poérica::
- Ela está linda.
É possível que ninguém lhe respondesse. Então ele lhes instaria, assim:
- A Lua está um sonho. Corram pra ver. Não dá para perder.
Só o silêncio lhe responde.
- A Lua cheia, gente. Corram prá ver, insiste ele.
E uma vozinha miúda lhe responde lá de dentro.
- Pai, começou o BBB (Big Brother Brasil), não dá pra perder.
Isto é o fim do mundo e tem gente que ainda não acredita. Aliás, só acreditrarão se passar na televisão.
Ainda bem que em casa ninguém perde tempo com televisão, e posso dizer que aqui ela não passa, como nos tempos do meu velho e bom pai, de um simples eletrodoméstico. Serve mais pra jogo de futebol do que pra qualquer outra coisa. Aliás, como predisse na postagem da manhã de ontem, o "Periquito", de fato, fritou o "Peixe". Fora isso, a TV de casa quase nada mais pega, digamos que por problema técnicos.
A Regina me conta que o pai dela, entre oito e nove horas da noite, desligava a televisão dizendo pra todos:
- Ela já deu o que tinha que dar.
A televisão prende a atenção. O que prende não tem nada para dar. "É, mas ela distrai a gente", racionalizaria alguém. Distração é tirar a atração para o que realmente importa. Se nada importa, qualquer coisa pega. As pessoas estão sem um objetivo, as nações também. Os problemas se empilham e acabam em combustão expontânea. Aí elas ficam trabalhando no rescaldo, às vezes, pelo resto de suas vidas. Para estes, sugiro olharem para o céu. Não pensem em nada, apenas olhem para o céu.
Jairo Ramos Toffanetto
domingo, 5 de fevereiro de 2012
"Avião a cada minuto - mui estranho" ou "Dia da Criação"
Céu de hoje na manhãzinha ao leste |
Acordo com o ronco de um avião, mas prolongado demais. O que está acontecendo (interrogação). Levanto-me e vou para o terraço de casa. No meio do céu da madrugada escura, pouco antes da barra clara do dia, um boing ruma para o sentido sul, direção do aeroporto de Congonhas. Ao norte vejo um outro abrindo luz. Conto até oitenta e três e este último passa ao meio do céu - o ponto de referência é a antena parabólica do vizinho - e, ao norte, há um outro apontando. Desço para fazer o café e vejo o relógio da cozinha marcando 05:15 h. Fico atento aos roncos no céu. Volto com xícara nas mãos, maço de cigarros e isqueiro. A barra clara do dia já estava presente. Ouço um pombo arrulhando. Até às 06:05 h, os aviões passaram ao meio do céu com intervalos entre noventa a cento e vinte e três segundos.
Todos estes aviões por uma única rota, nenhum pra Cumbica, p. ex., ou pra Viracopos em sentido contrário. Média de trinta a trinta e cinco aviões desde o momento em que acordei é de se perguntar, especialmente por ser domingo. A propósito, dia do clássico Palmeiras e Santos. Sorrio ao imaginar que estes aviões estavam indo pra São Paulo ver o periquito do Parque Antártica fritando peixe da Vila Belmiro. Lembro-me também que o Paulista F.C., time da minha cidade, acordando na liderança do campeonato paulista, e à frente de nada menos que Corinthians e São Paulo. Enfim, apesar do meu sorrir por estas ocorrências futebolísticas, como os aviões vinham do sentido de Brasília, gerou-me um questionamento nada agradável. "Ué, o trem da alegria palaciana em turismo interno", exclamei. Não seria nada agradável pensar em algo mais sério, tenso, apreensivo, entrementes, em que pese os dias de hoje, tudo de tudo pode estar acontecendo, afinal, há uma grande porcaria no mundo aí fora. Assim. recuso-me abrir a Internet para uma sapeada pelas últimas notícias. Não acredito neste mundo que aí está. Em qualquer página, no topo, veria fotos do BBB - Big Brother Brasil. Dá-me nojo em saber que uma nação é mobilizada pela mídia tão burra e inconsequente como. O globo cresce na desordem e no progresso de tudo que é escroto. Seja o que for, de uma forma ou de outra chega aos meus ouvidos, afinal, notícias de um mundo bem pior correm rápido. Prefiro os dois cds que não paro de ouvir, aliás escrevo esta postagem ouvindo-os: "The Maker" e "Foot Prints" de Pat Martino, um jazz lascado, de primeira linha, e que fica ainda mais primoroso quando nele se evoca a Bossa Nova.
Voltando para o avião, o que me causou espécie foi o de vê-los como a emigração das aves fora do período. Quando assim, elas sempre anunciam alguma tempestade, alguma catástrofe por vir, mas apaguei a cena, afinal, chega de catástrofes. Breganharia-nas pelo trem da alegria, afinal "tá todo mundo louco, obá!! Ainda bem que não tenho este poder, pois seja o que Deus quiser, afinal, a aurora apresentou-se leve e tão formosa. Até a consumação dos tempos, ainda estamos no Dia da Criação.
Jairo Ramos Toffanetto
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