A Lua cheia esteve estupenda neste noite de verão, especialmente bela.Sonhadora entre as nuvens aclareadas por ela. Evocadoramente poética a todos que olhassem para ela. Um fenômeno luminoso. Belíssima. As estrelas que nos espaços vazios compunham o belo, elevavam o sentimento de admiração para a eternidade. Não há como deixar de se ver e de se pulverizar ante a loganimidade da Criação.
Todos que viram despertar estes sentimentos podem se chamados de poetas. Segundo Vico, filólogo e filósofo renascentista, "poetas são aqueles que dão nome às coisas".
Desde o berço venho mostrando a Lua pors meus meninos, o Sol, as nuvens, o crepúsculo, e assim por diante.
Imagino um pai tirando a família do "Fantástico" (programa de televisão) e a chamando para ver a Lua.
- Venham ver a Lua, gente.
E com todo mundo se dirigindo para ele, alguém diria uma advetivação poérica::
- Ela está linda.
É possível que ninguém lhe respondesse. Então ele lhes instaria, assim:
- A Lua está um sonho. Corram pra ver. Não dá para perder.
Só o silêncio lhe responde.
- A Lua cheia, gente. Corram prá ver, insiste ele.
E uma vozinha miúda lhe responde lá de dentro.
- Pai, começou o BBB (Big Brother Brasil), não dá pra perder.
Isto é o fim do mundo e tem gente que ainda não acredita. Aliás, só acreditrarão se passar na televisão.
Ainda bem que em casa ninguém perde tempo com televisão, e posso dizer que aqui ela não passa, como nos tempos do meu velho e bom pai, de um simples eletrodoméstico. Serve mais pra jogo de futebol do que pra qualquer outra coisa. Aliás, como predisse na postagem da manhã de ontem, o "Periquito", de fato, fritou o "Peixe". Fora isso, a TV de casa quase nada mais pega, digamos que por problema técnicos.
A Regina me conta que o pai dela, entre oito e nove horas da noite, desligava a televisão dizendo pra todos:
- Ela já deu o que tinha que dar.
A televisão prende a atenção. O que prende não tem nada para dar. "É, mas ela distrai a gente", racionalizaria alguém. Distração é tirar a atração para o que realmente importa. Se nada importa, qualquer coisa pega. As pessoas estão sem um objetivo, as nações também. Os problemas se empilham e acabam em combustão expontânea. Aí elas ficam trabalhando no rescaldo, às vezes, pelo resto de suas vidas. Para estes, sugiro olharem para o céu. Não pensem em nada, apenas olhem para o céu.
Jairo Ramos Toffanetto
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
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