domingo, 26 de fevereiro de 2012

Serra do Japi - O terreno baldio da cidade ou... "Notícias de um mundo bem pior"


Depois do "Tombamento Ecológico e Paisagístico" da Serra do Japi (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - CONDEPHAAT, 1983), em 1992 a Unesco declarou os 354 quilômetros quadrados dessa área como reserva da biosfera. Para garantir a preservação desse patrimônio, a Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente implantou um programa de visitas monitoradas. Por isso, antes de reunir a família e os amigos para esse passeio, agende a visita pelo telefone (11) 4589-8560.

Mas tudo isto prá que serve? O que era para ser "O Jardim da Cidade" continua sendo um terreno baldio exposto à sanha dos aproveitadores de ocasião, dos incêndios propositados, de refúgio de bandidos e assim por diante. As leis, cada vez mais severas, apenas mostram que o descalabro é grande:

Nota (1):  A lei municipal 417/2004 é mais rigorosa que a lei estadual, que determinou o tombamento da área em 1983. Enquanto a resolução estadual garante a preservação de 91 km² da área da Serra do Japi no município de Jundiaí, a zona de preservação estabelecida pela prefeitura é de 115 km². Fotos da Mata Atlântica da Serra do Japi de hoje e de 15 anos comprovam que a mata atualmente está mais preservada do que no passado.
Nota (2):  O prefeito Miguel Haddad proibiu na Prefeitura todo e qualquer empreendimento na Serra do Japi. Nos próximos dias, o prefeito encaminha projeto de lei à Câmara Municipal, congelando qualquer loteamento, hotel ou outro empreendimento na Serra.
Nota (3):A preservação da Serra faz parte da discussão do Plano Diretor da cidade, que já teve 22 audiências públicas durante todo o ano de 2011. A próxima ação será um fórum para discutir exclusivamente a Serra do Japi, previsto para ocorrer em março.


Jairo Ramos Toffanetto

2 comentários:

Anônimo disse...

Terreno baldio ? se informe melhor por favor

Jairo Ramos Toffanetto disse...

Ah, como eu gostaria, imensamente, que a Serra não fosse o que denominei como "o terreno baldio da cidade" e que, como você, houvessem muitos dizendo ao contrário, garantindo, não só para mim, mas para toda a comunidade que ela, a Serra Japi, o nosso “terreno baldio”, é um jardim, o último de mata nativa do interior do Estado de São Paulo, mas perdi as ilusões nestes trinta anos de Tombamento Ecológico e Paisagístico.

Meu caro, só quem realmente se importa com o Japí são “gente (?)” de interesses escusos para não dizer egoísta, morbos. O resto é perfumaria. Leis? Só para inglês ver e segurança pobre de recursos. Diga-me que estou enganado. Preservacionistas anêmicos, vaidosos ou modistas e, assim por diante. Você levantou a voz, que bom! Bom sinal, espero eu. Gostaria de um "BUM" de manifestações semelhantes pois garantiriam que vivemos num novo tempo, que estaríamos dando adeus a um mundo bem pior. Ah, como eu gostaria de estar enganado, que a nossa sociedade guindasse o patamar de civilização. Quem sabe já passamos para uma outra fase e ninguém contou pra mim!!! Quem sabe o Japi nunca mais será um palco mau iluminado como um terreno baldio, ou um fundo de quintal ao gosto de roedores deste patrimônio da humanidade.

Viva!!! Viva!!! a Serra do Japi é um jardim bem cuidado, protegido e todos se orgulham dela enquanto reserva da vida, para a nossa ciência ao encontro de saídas para este mundo pobre e doente, para a evolução não só nossa, mas da humanidade, e por todo o Universo conhecido e desconhecido. Mas parece que ninguém gosta desta Poesia. Afinal, meu caro comentarista anônimo, que pito você toca?