"Há dois tipos de alimentos: os alimentos que alimentam o corpo e os alimentos que alimentam a alma. Os que alimentam o corpo, nós os representamos poeticamente pelo pão. (...) A alma não se alimenta de pão. Ela se alimenta de beleza. A beleza tem o efeito oposto ao do pão: ela nos torna cada vez mais leves. Não é raro que aqueles que dela se alimentam se tornem criaturas aladas e desapareçam no azul do céu, onde moram os deuses, os anjos e os pássaros. A beleza é coisa da leveza."
"Assim são as imagens poéticas: elas têm o poder de ir lá no fundo da alma onde moram os esquecimentos. E, quando um desses esquecimentos acorda, a gente sente uma estremeção no corpo. É isso que faz a poesia. Ela cata pedaçõs perdidos de nós."
(Textos extraídos da orelha da capa do livro de Rubem Alves "Um céu numa flor silvestre - A beleza em todas as coisas" VERUS Editora)
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