segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Mil Vivas _JRToffanetto

Nunca tenho um poema a escrever

É assim que gosto. Sem nenhuma ideia anterior,

deixo brotar o velado que eu nem sabia.

O âmago está noutro lugar, mas sei de onde vem

mas sei do pra que vim. Aguardo alguma erupção

limítrofe entre interno/ externo. 

Chamam-no de a flor da pele, e eu, de interstício.

Quero flores que atraiam criaturas aladas

Bebês feitos gente grande sem presunções existem.

Pessoas já amigas antes mesmo do primeiro encontro

Gente para caminhar junto *"sentindo o céu se transformar"

Missão pra vida que merece ser vivida, amada, querida

Feitos de Céu e Terra, 

Amigos que carrego no peito como flores.

O efêmero passa longe delas e de mim

Não envelhecem nem morrem, são eternos

Cada um se sente privilegiado pelos outros

pelo o outro pelo o outro pelo o outro pelo o outro...

pelo tempo que não se consuma, é sem fim

como este poema, o outro, o outro...

O outro do mesmo ao seu lado. Mil Vivas

_JRToffanetto

Lindo Blue(Walter Franco)


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