Presente excomungável compartilhado em redes sociais como um vício digital.
Meu filho Yuri, muito feliz por ter adquirido "Pauliceia Desvairada" veio me mostrar a capa.
Fiquei feliz pela felicidade dele e orgulhoso enquanto pai. Dizia-me "Este é quarto livro que leio de Mário de Andrade, livro de poemas que sempre quis conhecer.
- Parabéns, Yuri. Depois você o empresta pra mim.
Tenho andado chateado com notícias perturbadoras que chegam por todos os meios de comunicação. É o fim do mundo. Ou melhor, não fazem parte do mundo em que vivo. O que eu nem quero saber, ouço alaridos das pessoas por todo canto escrachando:
1. Santos do Rei Pelé contrata predador sexual com processo judicial na Itália.
2. Ongs vendendo pra estrangeiros grande pedaços da Amazônia pertencente aos índios, à onça pintada, e com petróleo em seu subsolo.
3. A eficiente e corajosa Policia Federal retira tufos de dinheiro entre as nádegas do líder do governo na Câmera dos Deputados, e mais, o sicrano diz que ainda vai provar sua inocência. Inocência do ralo de esgoto?
No meio da madrugada acordo querendo saber dos poemas do Mário. Pra não acordar meu filho, procuro-os pela internet. Entre outros de Pauliceia Desvairada:
O trovador _Mário de Andrade
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras…
As primaveras de sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal…
Intermitentemente…
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som redondo…
Cantabona! Cantabona!
Dlorom…Sou um tupi tangendo um alaúde!
Mário de Andrade em Pauliceia Desvairada (1922)
!
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