domingo, 18 de maio de 2014

A Felicidade e o Boquinha




"Tardezinha na Vila" FotoJRToffanetto 15.05.2014 (Clique p/ ampliar)


“Felicidade é a certeza de que a nossa vida
não está se passando inutilmente.”  (Érico Veríssimo)

Felicidade é o mesmo que amar. O amor, precisa ser construído todos os dias, de dentro pra fora, um aprendizado constante. O que você constrói dentro de si, um palácio que vai além dos seus limites físicos ou perdeu o caminho de volta para a sua casinha interior e agora vive numa tapera? Para viver a felicidade, o amor, a paz, é preciso, por primeiro, fazer justiça para com o “milagre” da sua própria existência.

Alguém entrou em certa loja e ao ver um conhecido que estava trabalhando exclamou para ele:
- E aí "meu", arrumou uma "boquinha boa" por aqui, heim?
Meio sorrindo, o Féilix lhe respondeu assim:
- É isso aí, "mano".

Boquinha? Boquinha é algo que nem mastigar precisa. Desce tão fácil que mal sentindo o sabor engole-o por inteiro. Poxa, alguém chega de fora, rebaixa com aquele que está trabalhando e este último aceita!  Como as pessoas entram fácil na corda. A vida ainda não começou para nenhum destes dois. São do tipo daqueles que só dão ponto sem nó, daqueles que só dão pro gasto. Cabe perguntar: Como este trabalhador reclama por valorização do seu trabalho se ele próprio não valoriza a si mesmo?
 
Por outro lado, digamos que a resposta para o “da boquinha” fosse:
- Posso lhe ser útil em alguma coisa?
E o “boquinha” poderia perguntar-lhe:
- Arruma uma boquinha dessas pra mim também!!!
Sem meio sorriso de amarelos desenxabido, mas entusiasmado pela vida e, consequentemente, pelo trabalho, de olhos brilhantes perguntaria para o "boquinha”:
- Do que você está precisando? Esta é uma loja especializada. Garanto-lhe que tem tudo o que você precisa, é só falar que já tá mão.

Quem tem valor valoriza tudo o que faz. Já o “boquinha” não consegue ver o valor do trabalho do outro por que ele próprio não encontrou em si o valor da vida. Ainda não aprendeu a gostar de si mesmo. Quem aprendeu gostar de si mesmo respeita o outro.

Só quem ama defende princípios e, por estes, colocam-se  como exemplo de conduta no meio em que vivem. Nunca perdem oportunidade de o modificar para melhor, e simplesmente porque estão continuamente aprendendo e reinventado a vida. Não amar é mais do que uma ingenuidade sem tamanho, é ter cabeça de vento, pura burrice e, pior, ficam a um passo do desalmado, do psicopata social, do doente de espírito.

Só quem ama vive, vive a felicidade Para este, não importanto a condição do meio, o novo de cada dia é estar sempre novo.

JRToffanetto
 

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