(reedição de postagem de 1.o de novembro de 2011)
"Amar é ter um pássaro pousado no dedo.
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar” (Rubem Alves)
...e quando ele voar, ir junto. Pousar no dedo é convite para voar. A liberdade de ser e estar cria asas. Voar é da natureza dos seres alados.
O amor pousa em gestos poéticos. Igual aos pássaros, espanta-se com aceno. Quando o pássaro pousa num dedo é porque vem para se aninhar no coração.
É preciso estar leve para pousar. O amor é igual ao ninho dos passarinhos, é preciso ser construído. Ele é feito com palhinhas, palhinhas da manjedoura sagrada.
É bom não ter portas no coração. Nada mais leve que o amor pousa assim. Amar é abrir as asas do coração. A natureza do vôo vem da leveza da alma.
É da natureza do amor voar em pares, dar as mãos, fundir-se aos corações, porque só em bando os céus são singrados para se abrir novos horizontes.
Para o amor, pousar em um dedo é pousar numa linha de horizonte, mas se vôa dali é porque tem muita linha para pousar. Os passarinhos vivem se beijando entre as linhas do horizonte.
Os pássaros são instrumentos musicais feitos com muito carinho para passar as cantigas do amor compostas de terra e céu. E pensar que basta esticar um dedo...
Quem perdeu a alma arma alçapão. Lagarteia ao sol acreditando apanhar o que não pode prender. Seu ninho é como o da cobra: debaixo de uma pedra fria, sua lápide.
Nunca voará, nem pousará. Não enchergará a poética dos fluídos siderais, nem ouvirá o seu canto. Todavia, por que rastejam, são eméritos comedores de ratos, esses ladrões de ovos.
O pássaro canta na gaiola porque não há cárcere para quem é íntimo do céu, mas... ah se o passarinheiro pudessem conhecer o que cantam, abriria a gaiola e estenderia o dedo..
Jairo Ramos Toffanetto
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar” (Rubem Alves)
o tico-tico |
...e quando ele voar, ir junto. Pousar no dedo é convite para voar. A liberdade de ser e estar cria asas. Voar é da natureza dos seres alados.
O amor pousa em gestos poéticos. Igual aos pássaros, espanta-se com aceno. Quando o pássaro pousa num dedo é porque vem para se aninhar no coração.
É preciso estar leve para pousar. O amor é igual ao ninho dos passarinhos, é preciso ser construído. Ele é feito com palhinhas, palhinhas da manjedoura sagrada.
É bom não ter portas no coração. Nada mais leve que o amor pousa assim. Amar é abrir as asas do coração. A natureza do vôo vem da leveza da alma.
É da natureza do amor voar em pares, dar as mãos, fundir-se aos corações, porque só em bando os céus são singrados para se abrir novos horizontes.
Para o amor, pousar em um dedo é pousar numa linha de horizonte, mas se vôa dali é porque tem muita linha para pousar. Os passarinhos vivem se beijando entre as linhas do horizonte.
Os pássaros são instrumentos musicais feitos com muito carinho para passar as cantigas do amor compostas de terra e céu. E pensar que basta esticar um dedo...
Quem perdeu a alma arma alçapão. Lagarteia ao sol acreditando apanhar o que não pode prender. Seu ninho é como o da cobra: debaixo de uma pedra fria, sua lápide.
Nunca voará, nem pousará. Não enchergará a poética dos fluídos siderais, nem ouvirá o seu canto. Todavia, por que rastejam, são eméritos comedores de ratos, esses ladrões de ovos.
O pássaro canta na gaiola porque não há cárcere para quem é íntimo do céu, mas... ah se o passarinheiro pudessem conhecer o que cantam, abriria a gaiola e estenderia o dedo..
Jairo Ramos Toffanetto
ah, o teco-teco |
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