a melodia que é a própria alegria.
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Beethoven compôs este texto em 1823 inspirado no poema "Ode à Alegria", de Schiller, escrito em 1785. No poema, Schiller expressa uma visão idealista da raça humana como irmandade, uma visão que tanto este como Beethoven partilhavam.
Oh amigos, mudemos de tom!
- (Barítonos, quarteto e coro)
- Alegria, mais belo fulgor divino,
- Filha de Elíseo,
- Ébrios de fogo entramos
- Em teu santuário celeste!
- Teus encantos unem novamente
- O que o rigor do costume separou.
- Todos os homens se irmanam
- Onde pairar teu vôo suave.
- A quem a boa sorte tenha favorecido
- De ser amigo de um amigo,
- Quem já conquistou uma doce companheira
- Rejubile-se conosco!
- Sim, também aquele que apenas uma alma,
- possa chamar de sua sobre a Terra.
- Mas quem nunca o tenha podido
- Livre de seu pranto esta Aliança!
- Alegria bebem todos os seres
- No seio da Natureza:
- Todos os bons, todos os maus,
- Seguem seu rastro de rosas.
- Ela nos dá beijos e as vinhas
- Um amigo provado até a morte;
- A volúpia foi concedida ao verme
- E o Querubim está diante de Deus!
- (Tenor solo e coro)
- Alegres, como voam seus sóis
- Através da esplêndida abóboda celeste
- Sigam irmãos sua rota
- Gozosos como o herói para a vitória.
- (Coro)
- Abracem-se milhões de seres!
- Enviem este beijo para todo o mundo!
- Irmãos! Sobre a abóboda estrelada
- Deve morar o Pai Amado.
- Vos prosternais, Multidões?
- Mundo, pressentes ao Criador?
- Buscais além da abóboda estrelada!
- Sobre as estrelas Ele deve morar.
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