SAMBAS PREFERIDOS DO FERNANDO (os 10 +)
Crônica de apresentação
Antes de postá-los, cumpre apresentar meu amigo Fernando
José Colin, ao qual agradeço, desde já, os dez sambas de sua preferência ao meu
pedido.
Conheci-o recentemente, pouco mais de um ano. Um inteligente
gerente comercial e, sobretudo, afável a todos, daqueles que sempre tem tempo
para atender quem quer que seja. Sempre o vejo
tomando decisões rápidas e fáceis para questões aparentemente tensas ou
complicadas, tratando a todos com respeito e grande espirituosidade, fazendo
links bem humorados e de forma que todos aprendam que vale a pena trabalhar
dando o melhor de si próprio para a satisfação do outro e, especialmente, do cliente. Um perfil do
brasileiro que eu aprendi admirar desde a infância e reconhecê-lo ou não nas
pessoas.
Mas foi com a música popular brasileira que eu o conheci
melhor. Sabe muito de samba, chorinho e das mais antigas e esquecidas canções
brasileiras. Quando eu o consulto, p.ex., sobre tema do qual não me lembro da
melodia, bastam algumas palavras para ele a declamar e, depois, avivar minha memória cantando um trecho.
Diz-me ou autor e os cantores que fizeram sucesso com ela desde a velha guarda. Para
dados mais precisos, ele consultava o Sr. Lauro Colin, seu pai, falecido recentemente, dizendo
orgulhosamente “ele tem uma memória fantástica da MPB, amanhã eu te trago a
resposta”. Bem, nisto temos algo incomum, pois a mesma relação pai e filho se
sucedeu comigo. Até à década de setenta, a MPB era a nossa principal identidade
nacional. Falava-se mais sobre ela do que sobre futebol, pois, com este último,
não dava para assobiar.
Recentemente eu postei “Adeus Batucada” (de Synval Silva)
elegendo-o como o maior samba de todos os tempos, e creio que em razão da
magistral interpretação da cantora Célia, e nisto, despertou-me o desejo de
saber os sambas preferidos do Fernando. De bate pronto ele soltou dois sambas marcantes,
belíssimos, e um deles desconhecido por mim. Dizendo-me que lhe era difícil por
estes sambas na frente de tantos outros igualmente, pedi-lhe, então, que me
selecionasse uns dez para eu os compartilhar em meu blogue. “Tá bom,
respondeu-me ele. Mas não os coloquem em ordem numérica”.
Enfim, tenho a lista comigo, e para cada um deles ele conta
certo particular, uma efeméride, e assim por diante. Se os amigos gostarem deste
feito, creio cumprida minha missão de compartilhar um pouco da riqueza de nosso
samba, do nosso povo, o qual já foi aclamado de povo feliz, e o Fernando, eu, e
tanta gente somos testemunhas vivas disto.
1.
Ainda cabe dizer que o Fernando me deixou livre
para escolher este ou aquele intérprete para cada samba. Neste particular, meu
gosto pode coincidir-se com o dele ou não, e o mesmo em relação aos amigos
deste blogue.
2.
Depois de uns dias com a lista na mão,
perguntei-lhe para que repetisse de cabeça os dez sambas escolhidos.
Respondeu-me que “agora agora eu faria uma outra lista, ou à cada vez em que eu
tivesse que fazê-la, pois sempre me cai um samba sobre outro.
3.
O primeiro samba já sai na próxima postagem.
Aguardem
Jairo Ramos Toffanetto
Um comentário:
Muito carinhoso e criativo seu comentário. A música sempre une e equaliza as pessoas. O Samba é mágico, iguala ricos e pobres, é um privilégio e não se aprende no colégio. Genuino (cuidado para não confundir com nome próprio) do Brasil, balança o mundo todo. Balança, mas não cai. Grande abraço.
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